Resultados encontrados: CANTINHO LITERÁRIO DO EITEL

PAÍS SEM DIGNIDADE

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A água estagnada exala seu fedor Homens de terno afloram sua cara-metade O capote no ombro do pretor Transparece a imagem da falsidade A urbe acorda de mau humor Cifrões se evaporam na incredulidade Mata-se sem temor Num ritual de bestialidade Rouba-se com ardor Na gentileza da cumplicidade Tudo às custas do gestor Que se […]

PAIXONITE AZUL

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Antes de se casar com o Joselino, a Rosinha sabia que o namorado e depois noivo gostava muito de futebol e era um torcedor fanático da URT, daqueles que não perdem nenhum jogo no Zama Maciel e ainda por cima tem por hábito acompanhar o time em outras cidades. Mas, apaixonada, enquanto namorada e depois […]

PALESTRA TÉTRICA

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Um proprietário de comércio de porte na Rua Major Gote percebeu que seus funcionários estavam desanimados no trabalho, sem o patrão perceber que o desânimo provinha de seu pão-durismo, pois a turma vendia horrores e a comissão era do tamanho de uma ervilha. Vai daí que toda semana tinha um ou dois funcionários pedindo conta. […]

PANE NO FUSCA

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Lá vinha o Juninho em seu garboso Fusca pela poeirenta ou barrenta e mal cuidada estrada que liga o Distrito de Alagoas à BR-365 quando, uns dois quilômetros depois da Escola Municipal Abdias Caldeira Brant, o carro começou a ratear. Instintivamente ele diminuiu a velocidade e, devagarinho, foi indo para tentar alcançar a rodovia. Mas […]

PÂNICO DO NHÔ ROMÃO, O

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Quando o primeiro avião pousou no rústico campo de aviação da Chapada¹, a impressão que se tinha era que toda a população de Patos sem ainda o “de Minas” estava lá. Desde então, o entusiasmo pelo avião tomou conta dos patenses, e se intensificou demais da conta com a inauguração da Companhia Moinhos Minas Gerais […]

PÂNICO NA CÂMARA MUNICIPAL

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De repente, oito horas da manhã, as rádios começaram a anunciar: – A Câmara Municipal acaba de ser tomada por 10 bandidos fortemente armados e fizeram reféns os 17 vereadores e o prefeito, que estavam em reunião extraordinária discutindo a possibilidade de se criar uma lei municipal liberando as motos a barulhar somente até 200 […]

PANO BRANCO MÁGICO E A ILUMINADA TITA, O

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Dia desses, caminhando serenamente pelo Centro da Cidade, postei-me em frente à entrada do saudoso Cine Riviera. Meus olhos fixaram-se em homens trabalhando nas obras no interior daquele outrora espaço mágico destruído por chamas do além¹. As vistas percorreram sinuosamente o saguão de entrada e lá no fundo se depararam com o local onde ficava […]

PAPAGAIO, O

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O João do Beco, um dos melhores assentadores de cerâmica de Patos de Minas nos idos da década de 1970, cuja alcunha era devida a ele morar num dos becos da Rua Teófilo Otoni, tinha um papagaio. Não demorou muito conseguiu financiar pela CEF um apartamento num daqueles prédios antigos da Rua Olegário Maciel, entre […]

PAPO DE DOIS SOLTEIRÕES

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Já cinquentões, solteiros inveterados, amigos de infância, Juvêncio e Amarildo tinham um hábito salutar para eles: toda dia, de segunda a sexta, após a labuta, encontravam-se no Bar do Cochila¹ quando ainda funcionava ao lado do Posto Ipiranga na Rua José de Santana. Lá, como os dois tinham inúmeras ideias repetidas, o que eles faziam […]

PAPO FUBÁTICO

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No tempo em que Patos de Minas começava a se sobressair como grande produtor de milho do Estado de Minas Gerais não existia supermercado. Certa vez, sabe-se lá a causa, danou a faltar fubá nas prateleiras das mercearias da Cidade, incluindo as do Mercado Municipal. Sobre essa situação, Carlúcio e Seu Barbosa, comerciantes do ramo, […]

PAPO MATERNAL

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Como em qualquer pequena povoação, seja em que distrito for, dizem que a vida é mais tranquila, mais segura, mais saudável, maior o contato com a natureza e por aí vai. Dá para acreditar, pois nessas pequenas povoações não existem as zoeiras da Sede, como a barulheira do trânsito, principalmente das desagradáveis motos com seus […]

PAQUERADOR FULEIRO

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Algumas manias caracterizaram muitos personagens da História Global. Por exemplo, dizem que a mania do Napoleão Bonaparte de, vire e mexe, estar com a mão dentro do casaco, era porque lá dentro guardava um frasco de perfume. Outros associam o gesto a uma necessidade de massagear o abdome, seja em função de uma doença de […]