Wilson Caixeta de Castro, o Nino, é sobrinho do poeta Altino Caixeta de Castro. Teve uma longa convivência com o tio e ambos se estimavam. Muitas vezes Nino presenciou o poeta Altino dedilhando na máquina de escrever as palavras mágicas que enobreceram a sua vasta obra. É o caso deste poema. Nino não sabe explicar […]
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HILÉIA ESPUMA
teu corpo escorre sol quando nas ancas o mar revém para rever axilas um polvo estende mais de cem pupilas há periscópios pelas praias brancas. arquipélago: me aconchego às ilhas onde as marés te beijam e onde estancas os vendavais: teus braços entre-lançam sete lençóis de espumas: que são filhas da mesma cama onde dormimos […]
PATOS DE MINAS
Eis a selva bruta e viva, Pré-Colombo, colombina. Terra adâmica, divina, Selvagem, sã, primitiva. A terra é moça-menina. Chegam índios, terra altiva. Plantam milho pelas silvas. Enchem de sonho a campina. Depois é a taba, são matos. É a lagoa, são os patos, São tropeiros, são as sinas. Depois é o padre, a capela, Santo […]
SENTIDO DA TERRA, O − AOS CASCAS-GROSSAS
Quem sois vós? Vós sois no verso de Camões: esse bicho da terra; Vós sois na frase de Aristoteles: um animal politico; Vós sois no pensamento de Goethe: esse tolo pretencioso; Vós sois na doutrina de Darwin: esse macaco evoluído; Vós sois na ironia de Voltaire: dêuses mortais; Vós sois na filosofia de Nietzsche: super-homens; […]
SONETO AO BELO SEXO
Foi certa vez, um colega meu, o Péres Provocou-me a seguinte discussão: Coração de mulher é nada, é néres, É poeira que rola pelo chão. Estribado em premissas rosicléres O belo sexo eu defendia em vão, Pois eu não tinha a força das mulheres Que mais convencem pelo coração. Depois que ele esgotou o repertorio […]