TEXTO: OSWALDO AMORIM (1985)
Para o bem de Patos e Região, a política de poder que venho pregando precisa começar o quanto antes, para multiplicar os benefícios oriundos dos Governos Estadual e Federal.
Infelizmente, esta política ainda não existe. Mas, se ela estivesse em prática, há mais tempo, certamente teria nos rendido muito mais obras, recursos e serviços, por parte do Governo, do que já recebemos.
Se tivéssemos um Secretário da Agricultura, por exemplo, isto – no mínimo – teria nos rendido uma bateria de silos, além de bons programas para o desenvolvimento agrícola e pecuário. O que seria muito justo: afinal somos um dos maiores produtores de grãos do País, e temos também um grande rebanho bovino e constituímos uma notável bacia leiteira.
Um Secretário da Indústria e Comércio certamente poderia nos dar forte impulso rumo à agro-indústria, que a nossa realidade agrícola, e sobretudo a nossa potencialidade no setor, somadas a todo um elenco de fatores favoráveis, nos dão o direito de sonhar. Quais são estes fatores: a disponibilidade de mão-de-obra e de energia, a proximidade dos mercados consumidores, a nossa boa estrutura em termos de saúde, de saneamento básico, de educação (que evidentemente precisa crescer na área de ensino superior) e até de lazer.
Um Secretário de Transportes nos teria assegurado a conclusão da ansiada ligação asfáltica contínua para Brasília, com a qual sonhamos desde a inauguração da Nova Capital, acabando com a imensa volta que somos obrigados a dar hoje, pela falta de pavimentação entre Presidente Olegário e Poções. Certamente ninguém teria a coragem de acusar a obra de favoritismo, pela sua irrecusável importância sócio-econômica.
Claro que estou apenas dando alguns exemplos. Mas exemplos situados no terreno do possível, tendo-se em vista a expressão sócio-econômica de nossa região. Sobretudo quando se leva em conta a possibilidade de conquistarmos o apoio de regiões vizinhas para indicações desta natureza, cuja efetivação pode igualmente interessar-lhes. Desde que pleiteássemos uma indicação de cada vez (para o primeiro escalão), em épocas diferentes.
* Fonte: Texto publicado na coluna Política com o título “Por Uma Política de Poder Para Patos e a Região (XIV)” na edição n.º 127 de 15 de novembro de 1985 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.
* Foto: Do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.
* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.