Nos idos tempos, na Rua Teófilo Otoni, depois da Praça Antônio Dias e poucos metros após a Rua Bernardo de Assis, surgiu uma estreitíssima via pública que ia até área do Campo do Mamoré. Com a inexorável passagem do tempo, essa estreitíssima via pública foi bloqueada, não tendo mais acesso à área do citado Campo. […]
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BECO SEM NOME NA RUA IGUAÇU
Quanto ao contínuo crescimento geográfico da cidade desde os primórdios, as referências apontam para o fato de que, entre as ruas principais, abertas pelo poder público ou mesmo por particulares, restavam terrenos vagos, sem proprietário aparente, os quais iam sendo, paulatinamente, ocupados e apropriados pela população. Parece, pois, que os becos, travessas ou ruelas se […]
CORETO MUNICIPAL: UM DESPERDÍCIO CULTURAL
O nosso primeiro coreto foi inaugurado em 24/12/1912, praticamente no mesmo local do atual. Conta a história que aos sábados e domingos, a retreta da Banda de Música do Maestro Randolfo Campos e seus filhos desfilava lindos dobrados e românticas valsas¹. O tempo passou, o primeiro coreto dançou e após 73 anos, em 21/12/1985, foi […]
CUTIEIRA-MOR APÓS A RADICAL PODA
A nossa Cutieira mais famosa localiza-se no canteiro central da Avenida Getúlio Vargas, entre as Ruas General Osório e Olegário Maciel. Uns dizem que ela foi plantada logo depois da inauguração da Escola Normal (1934); outros, que foi em 1941. Se sim ou não, não importa, pois o que importa é que a nossa emoção […]
DEIXAREI SAUDADE – 315
Quando eu estava sendo erguida, a alma da antiga casa ainda pairava sobre o lote. Ela me contou que foi construída quando a rua¹ era uma buraqueira só e que próximo residiu a esposa de um cangaceiro². Durante todo o tempo da minha construção, aquela alma acompanhou cada assentamento de tijolo. Quem sabe para verificar […]
DEIXAREI SAUDADE – 316
Por que há de ser assim? Por que tanta desigualdade rondando por todas as partes? Por que sou assim tão bem aprumada enquanto muitas de minhas vizinhas são simplesinhas e outras chegam a dar pena. Sei que sentimento é uma característica inerente aos humanos e que ele, o sentimento, se insere em cada indivíduo de […]
DEIXAREI SAUDADE – 317
Que bacana, estou bem em frente a uma praça que faz parte de três bairros¹. Chique, né. Ou não? Quer dizer, o que isso representa pra mim? Sei perfeitamente que por aqui já passou muito carro de boi, quando ainda um vasto descampado caracterizava os poucos logradouros no entorno. A linha vinha das lonjuras da […]
DEIXAREI SAUDADE – 318
Você acha que tenho algum motivo para reclamar de minha existência? Vai achando, vai! Faço questão de enfatizar que o antes de mim era uma casinha simples, num lote apertado entre outras duas um pouquinho menos apertadas. Isso em priscas eras quando essa hoje avenida¹ era uma reta imensa e larga de poeira e pó […]
DEIXAREI SAUDADE – 319
Eu tento não entrar em controvérsias com nenhum humano, verdadeiramente porque nenhum humano é capaz de assimilar as nossas necessidades e, muito menos, as nossas esperanças de sobrevivência. Isso significa que meus clamores são o mesmo que conversar com minhas paredes? Ou, é conversa para teiú dormir? Como dizia aquela atriz da novela, vai catar […]
DEIXAREI SAUDADE – 320
Pelamordedeus, não me venha com chorumelas, pois tenho consciência, e muita, do que está acontecendo aqui nessa avenida¹. Você que é muito rodado teve a oportunidade de conhecer muitas casas antigas por aqui. Quem sabe até conheceu a que existia aqui onde estou. É, sim, onde estou, pois fui erguida no lugar de uma das […]
DEIXAREI SAUDADE – 321
Mandu: esse nome não sai das entranhas de minhas paredes. Mandu: ô nominho danado de esquisito. É que no nome dessa rua onde fui erguida, tem esse tal de Mandu¹. Sei lá quando essa rua recebeu esse Mandu², coisas desse pessoal responsabilizado por colocar nomes nos nossos logradouros públicos. Pois aqui estou eu, numa rua […]
DEIXAREI SAUDADE – 322
Sou apaixonada por esse meu pé de manga. É uma ligação afetiva muito forte, pois ele praticamente surgiu junto comigo. Lembro-me como se fosse hoje, eu ainda novinha, com as paredes brilhando de tinta nova, não tinha esse muro, só uma cerca de arame baixinha e no quintal e em todo o meu redor, só […]