POR UMA POLÍTICA DE PODER PARA PATOS DE MINAS E REGIÃO – 11

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TEXTO: OSWALDO AMORIM (1985)

O fortalecimento político de Patos e da Região assenta-se, fundamentalmente, na eleição de bons e genuínos representantes nossos à Assembléia Legislativa do Estado e da Câmara dos Deputados. Eis aí a chave de tudo. Primeiro porque eles representam, por si mesmos, grande parte dessa força. Segundo, porque deles, basicamente, depende a articulação e execução da política de poder que pregamos – consubstanciada na ocupação, por gente nossa, devidamente qualificada, de postos de chefia no Governo Estadual e, se possível, também no Federal, dos quais possamos extrair significativos benefícios, em termos de obras e recursos.

Sem bons representantes, todo o esquema se desmorona. Primeiro porque eles batalharão no seu papel normal de canalizadores diretos de benefícios para o município e a região. Segundo, porque, mesmo podendo, não batalharão para colocar gente nossa nos Governos Estadual e Federal, para não estimular o surgimento de novas lideranças, capazes de ofuscá-los depois. Enfim, pelo medo de que os indicados se transformem, mais tarde em concorrentes seus.

Por isso, como tenho alertado, quando surge a oportunidade para as nomeações de peso, esses maus representantes preferem, às escondidas de seus conterrâneos ou de seu principal núcleo eleitoral, indicar nomes de outras regiões. Com isto, evitam dar força a futuros concorrentes, em seu próprio terreiro, e, ao mesmo tempo, conquistam apoio político em outras áreas.

Em termos de política de poder em causa, tudo gira, como se vê em torno da escolha e eleição de bons e genuínos representantes nossos à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Deputados. Sem eles, todo o esquema fica furado.

Se os representantes forem realmente bons, além de trabalharem com eficiência para carrear benefícios para o município e a região, também trabalharão para a colocação de gente nossa em importantes postos de chefia, no Governo, dentro da política de poder em causa, e capaz de aumentar extraordinariamente aquele fluxo de benefícios. Se forem maus não realizarão direito nem seu trabalho normal de canalizadores diretos de benefícios.

* Fonte: Texto publicado na coluna Política com o título “Por Uma Política de Poder Para Patos e a Região (X)” na edição n.º 123 de 15 de setembro de 1985 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

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