QUATRO ANOS DE “O COMMERCIO”

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TEXTO: O COMMERCIO (1914)

Eis terminado o quatriennio de nossa modesta folha.

Ao iniciar hoje um novo anno, não ha mister apresentarmos nova plataforma, – é e será sempre o mesmo o nosso programa, sempre a mesma a nossa norma de vida.

Nos quatro annos em que mourejamos no mare magnum da imprensa sertaneja, cremos ter cumprido o nosso dever, cremos ter batalhado, na medida de nossas forças, em prol da bôa causa, em prol do povo a cujo lado sempre estivemos.

E’ escusado dizermos que hoje a nossa alma palpita de intenso jubilo por termos vencido mais um anno, por vermos despontar no horizonte roseo de nosso ideal, a aurora bemdita de uma nova era, sorridente e promissora.

Ao traçar estas linhas, que servirão de marco da ditosa passagem da humilde e despretenciosa folha patense, para o 5.º anno de sua vida trabalhosa não é nosso intento tratarmos (como sóe sempre acontecer em quadras identicas) dos obstaculos encontrados e corajosamente vencidos, em o incessante peregrinar de 48 mezes. O nosso fim è, como nos annos anteriores, rendermos infindas graças a Deus pela proteção que nos ha sempre dispensado, e agradecermos muito de coração, a todos os que, de qualquer maneira, nos têm ajudado em nossa empreza, que por muitos tem sido taxada de temeraria.

Não podemos deixar tambem de lembrar hoje dos estimados e benevolos collegas que se dignaram permutar comnosco, durante todo esse tempo, prestando-nos o valioso concurso de sua animação e bôa camaradagem, tornando-se assim de nossa immorredoira gratidão.

A todos hypothecamos a nossa alma reconhecida e a todos convidamos a trabalhar e trabalhar sempre – Por Deus e Pela Patria.

* Fonte: Texto publicado com o título “Um Quatriennio” na edição de 15 de novembro de 1914 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

* Foto: Dois primeiros parágrafos do texto original.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann

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