CINCO ANOS DE “A DEBULHA”

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TEXTO: DIRCEU DEOCLECIANO PACHECO (1985)

Este marco nos mistura a alegria e a saudade. Foi em ambiente festivo que fizemos os últimos preparativos para o lançamento de A DEBULHA, em companhia de nosso estimado pai, companheiro de todas as horas, conselheiro por excelência, líder legitimo de uma grande família, exemplo de trabalho e de honradez. Quis no entanto, o Senhor Todo Poderoso, em quem depositamos nossa confiança e nossa esperança, chamá-lo à morada eterna, treze dias antes da data marcada para o início desta atividade, abalando-nos profundamente em nossos alicerces, deixando-nos sem condições emocionais, a ponto de publicarmos nossa primeira edição, exclusivamente em nome do dever, que ele nos ensinara a cumprir.

E cada uma de nossas edições, se tornou em homenagem póstuma ao seu fundador.

Hoje não poderíamos deixar de registrar a passagem do quinto aniversário de nossa modesta publicação, principalmente pelo irrepreensível cumprimento do dever, no que se refere à sua periodicidade. São decorridas cento e vinte quinzenas desde aquela data e esta é a nossa edição n.º 115, donde facilmente se conclui, por uma simples operação aritmética, que em apenas cinco quinzenas não a editamos, em todas elas mediante programação prévia. Isso se deve especialmente à atuação dinâmica do mano João Marcos, nosso eficiente Diretor Executivo, a quem apresento os cumprimentos e aplausos; à eficiência dos funcionários da EBENÉZER; à excessiva boa vontade e dedicação de nossos colaboradores; ao apoio decisivo − embora restrito − de nosso comércio e indústria e da Prefeitura Municipal e principalmente de nossos assinantes e leitores.

Confesso não ser de meu agrado falar em causa própria, muito menos através deste órgão, que hoje não tem fronteiras, mas ao findarmos este período, receosos de não estarmos cumprindo a contento nossa missão, resolvemos ouvir algumas de nossas autoridades e alguns lideres locais, em pequena pesquisa de opinião, e o resultado me levou a estas considerações.

Com muita alegria, recebemos algumas poucas restrições ao trabalho, o que nos estimula, pois se não as houvesse, haveríamos de nos sentir frustrados, já que sabemos não sermos perfeitos e conhecemos nossas limitações e nossas incorreções. Mas alegramo-nos mais ainda, por sentirmos que no todo, a nossa querida revista tem cumprido a sua missão e os seus objetivos, ao ponto de ouvirmos de todas as pessoas consultadas, a afirmação de que Patos e região não podem mais admitir a sua ausência.

São cinco anos de atividades. Um lustro, diria o poeta. O propósito de um novo rumo jornalístico para a região, mantendo-se aberta à cultura em todos os seus aspectos, noticiando e analisando o que se passa em Patos de Minas e Região, com total imparcialidade e irrestrita liberdade de expressão a todos que nela se apresentam, foi mantido dia a dia e isto nenhum dos entrevistados negou. Isso só nos basta…

Estamos hoje, com a graça de Deus, iniciando o Ano VI e o fazemos plenamente confiados neste mesmo Deus que nos conduziu até aqui, certos de que Ele continuará a nos dirigir.

De nossos prezados colaboradores e de toda a equipe de trabalho, continuaremos a esperar a mesma dedicação e dos poderes públicos, do comércio e da indústria da região, esperamos um apoio mais maciço, pois dele dependerá a nossa sobrevivência. De você, meu prezado leitor, esperaremos tudo, pois sem você, a nossa A DEBULHA, não teria razão de ser.

As críticas serão consideradas com seriedade e tanto quanto nos seja possível, dentro de nossas limitações e levados pelo mesmo idealismo que sempre nos impulsionou, procuraremos superar nossas deficiências.

* Fonte: Texto publicado com o título “Cinco anos de Comunicação” no Editorial do n.º 115 de 15 de maio de 1985 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Capa no número em questão.

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