REVISTA “A DEBULHA” É HOMENAGEADA

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Dentro da programação do 40.º aniversário da Rádio Clube de Patos¹, nossa modesta Revista foi homenageada pela aniversariante, na tarde do dia 28 de novembro.

Homenagem que nos honra, incentiva e engrandece.

Diante de tanta magnanimidade, em nossa pequenez, nada mais podemos fazer, que curvarmo-nos agradecidos, diante de quem tem tanto valor, experiência e tradição.

Estiveram presentes à solenidade o Diretor Gerente, Wulfrano Patrício; o Diretor Técnico e Consultor Jurídico, Dr. Omar Alves Tibúrcio; o radialista e nosso prezado colaborador, José Afonso da Silva e o “comandante” da solenidade, radialista, amigo e também nosso colaborador (em recesso), Edson Geraldo Nunes.

Na oportunidade, com comoventes palavras de incentivo, o Diretor Wulfrano Patrício, passou às nossas mãos, um cartão de prata, onde se lê:

À DEBULHA

caçula da comunicação −
os respeitos da Rádio Clube
de Patos −
40 anos.
Patos − MG − 28/11/80

Edson Geraldo, no seu costumeiro brilhantismo, havia iniciado o programa, com as seguintes palavras:

Homens sérios, brincando com coisa séria. Ou por outra: homens sérios, batalhando com coisa seríssima. Assim a gente poderia definir esta existência até agora de A DEBULHA. Idealizada pela fibra de um JOÃO PACHECO FILHO, de saudosíssima memória, como diz seu filho DILSON: “João Pacheco lutador, teimoso e duro”, “aroeira tombada, mas que não morre”… Revista lançada pela força e coragem de homens de estirpe de Dr. Dirceu Deocleciano e João Marcos Pacheco, na competência de uma Gráfica como a Ebenézer, na tenacidade das suas raízes. A DEBULHA já disse ao que veio: “uma REVISTA ABERTA À CULTURA EM TODOS OS SEUS ASPECTOS” − “sensata, séria, livre de quaisquer compromissos que não o de cumprir seu lema…”.

Nas nossas reuniões, visando à organização do quadro de solenidades, para marcar os 40 anos da RÁDIO CLUBE DE PATOS, tivemos a idéia de fazer uma homenagem a uma Empresa coirmã, dessas que vivem cravadas na nossa região, dando as cartas, lutando, suando a camisa conosco, batalhando na comunicação − ARTE SERÍSSIMA, SE NÃO BASTASSEM AS “BARRAS” QUE ELA NOS APRESENTA. E a Empresa unanimente escolhida para nossa homenagem foi a Revista A DEBULHA. Não que vá receber de nós tudo o que ela realmente mereça; ou que conseguiremos nestes breves minutos esboçar uma síntese da nossa admiração pelo que ela − a Revista − vem conseguindo. Longe, muito longe da legítima homenagem, estamos prestando tão somente um reconhecimento público a que A DEBULHA realmente tem direito.

Mesmo sabendo da singeleza, mas em virtude de ficarmos verdadeiramente espantados com o que ela vem de conseguir nestes 6 meses (apenas) de luta, nestes 13 exemplares já lançados, aqui estamos PARA TESTEMUNHAR ao Dr. Dirceu Deocleciano Pacheco aqui presente, toda essa admiração da gente Rádio Clube de Patos. Como se não bastasse termos também comunicadores da nossa Rádio emprestando seus esforços lá na DEBULHA − que são Adamar Gomes e José Afonso − temos aqui enraizado no nosso entusiasmo e em nossa história radiofônica o nome do valoroso jovem João Marcos Pacheco. Aqui ele passou memoráveis jornadas − pelo menos para nós − dando-nos exemplos paupáveis de competência e organização, o que somente agora ele pode mostrar na comunicação impressa através de A DEBULHA.

Então é um misto que se dá: Homens de cá sendo pioneiros de lá, participantes destes históricos números da DEBULHA, enquanto o seu atual redator tenha estagiado em nosso meio, sem nunca entretanto deixar-nos definitivamente. Que satisfação sentimos por isso.

− Abro parênteses para dizer que também estou neste esquema, uma vez que agito aqui na Rádio, e estive nos 10 primeiros números da Revista − pedindo depois uma “folguinha”. E, sei, talvez tenha sido o primeiro a TER DE DEIXAR − não que quisesse − a bandeira gostosa do pioneirismo. MAS A VIDA SEGUE…

Aqui, hoje, portanto, Dr. Dirceu, queremos homenageá-los. E não sabemos se lembramos de artigos como os do Revdo. Oadi Salum (feitos para figurar em qualquer publicação de tiragem nacional), se de artigos como os da garota Inez Marina, do Vicente, Marco Antonio, Dr. Murilo Correa, Dr. Délio Borges − que pena valiosíssima! − Rafael Almeida − aquele que brinca escrevendo − Dr. Dirceu − pena fácil, objetiva, certeira −, se aquelas entrevistas bem colocadas, se as presenças de colaboradores preciosos e de muita gente mais… Assim sendo, preferimos lembrar neste momento, de A DEBULHA de maneira geral, com sua Gráfica e toda a turma, com seu aplicado Redator e de toda aquela gente…

SEIS MESES de existência, pioneira − comunicativa − CAÇULA − nossa! Uma comunicação atual − vibrante!

Tem tudo para seguir crescendo, prova isso a cada número, embora esbarre em dificuldades − tenho certeza − de toda ordem… E a RÁDIO CLUBE DE PATOS deseja, ardentemente, que a DEBULHA dê continuidade a esta sua fase experimental, já agora fase definitiva, figurando na História da Comunicação.

AVANTE Dr. Dirceu!
Bola prá frente João Marcos!
Muita fé, gente nossa!

E, ao final, nossa homenagem póstuma a JOÃO PACHECO FILHO − fibra eterna de um homem inesgotável. Neste momento, poderia parodiar as palavras do Dr. DIRCEU no primeiro número da DEBULHA: “Aqui está ela, (a Revista), como uma homenagem que lhe prestam sua esposa, seus filhos, seus netos e todos aqueles que o quiseram tanto, durante sua permanência entre nós…” e eu acrescentaria: “Seu” João Pacheco, aqui está A DEBULHA − vitoriosa e como o Sr. sempre sonhou, como o Sr. planejou… continue descansando em paz.

Convido o Diretor Wulfrano Patrício para que ele passe às suas mãos, Dr. Dirceu Deocleciano Pacheco este cartão de prata, onde gravamos nossa sinceridade, e mais que isso, nossa AMIZADE a este Órgão Comunicador que, embora muito novo, já dá um “senhor” recado.

Parabéns, família DEBULHA!

É só.

* 1: Leia “Inauguração da Rádio Clube de Patos − Revisão da Data”, “Sobre a Rádio Clube de Patos a Cinco Meses da Inauguração” e “Sobre a Rádio Clube de Patos a Um Mês da Inauguração”.

* Fonte: Texto publicado com o título “A DEBULHA é homenageada” na edição n.º 15 de 15 de dezembro de 1980 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Capa da referida edição.

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