DEBULHA, A – IDEAL CONCRETIZADO

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Ora, vejam só! Uma revista editada em Patos de Minas! Por certo, assim exclamarão os mais pessimistas.

Um velho sonho torna-se realidade. Há exatamente treze anos, a “Gráfica Ebenézer”, que dava seus primeiros passos, lançou um “Boletim Comemorativo da IX Festa do Milho”, de distribuição gratuita.

Se o prezado leitor, tiver a oportunidade de manusear um exemplar daquele boletim, publicado em forma de pequenina revista, com suas trinta e seis páginas, verá em sua capa, a seguinte indicação: ANO I – Nº I.

Sobre ele, o escritor Oliveira Mello, em seu livro “Patos de Minas: Capital do Milho”, no capítulo dedicado à imprensa patense, faz o seguinte comentário: “Por ocasião da IX Festa Nacional do Milho (1967) a ‘Gráfica Ebenézer’ lança o Nº I do ‘Boletim Comemorativo – Patos de Minas e a Festa do Milho’, sob a direção de João Marcos Pacheco. Seria de publicação anual; no entanto, ficou apenas no primeiro número, apesar de agradar a todos que o tiveram em mãos, seja pela apresentação, seja pela colaboração, seja ainda pela oportunidade do assunto”.

Era apenas o embrião de uma ideia; o início de um plano, que não poderia morrer ali. Entretanto, as dificuldades naturais à imprensa e à pequena indústria gráfica do interior, adiaram a concretização do sonho sempre acalentado.

Opiniões eram às vezes trocadas em família; estudos e pesquisas eram feitos. A ideia ia se amadurecendo.

Finalmente, eis que surge “A DEBULHA”. Pequena revista quinzenal porém em formato bem maior do que o daquele boletim – que circulará inicialmente em exemplares de quarenta páginas, com o objetivo de noticiar e analisar o que se passa nesta região, com o lema: “uma revista aberta à cultura em todos os seus aspectos”. Será por todas as formas, sensata, séria e acima de tudo, livre de quaisquer compromissos, que não o de cumprir seu lema e seus objetivos.

O apoio recebido dos nossos colaboradores; do comércio e da indústria patenses; das Prefeituras Municipais de Patos de Minas, Lagoa Formosa e Presidente Olegário; o incentivo e o aplauso de tantas e tantas pessoas; os assinantes que compreenderam e acolheram nosso ideal, nos permitiram vê-lo concretizado.

Nasceu enfim, “A DEBULHA” na expectativa de um êxito total. No decorrer dos próximos seis meses poderemos avaliar suas reais possibilidades, para uma programação futura.

Certos porém, de continuarmos a receber a colaboração, o apoio e o estímulo iniciais, ela permanecerá, para orgulho de todos nós.

“A DEBULHA” estabelecerá metas; traçará diretrizes, terá objetivos definidos. Preocupa-nos entre tantas coisas, a não instalação da Feira Livre em nossa cidade. Procuraremos logo de início, atacar este assunto tão propalado.

À primeira vista, parece-nos ser a Feira Livre, um grande passo para a defesa do consumidor e para o estímulo de nosso produtor, que no momento, só com grande esforço e a preços vis consegue colocar os seus produtos.

Dados serão coletados. Estudos cuidadosos serão feitos. Pessoas serão ouvidas. A matéria é muito vasta. Aguardem pois.

O Diretor Responsável

* Fonte: Texto de Dirceu Deocleciano Pacheco publicado na edição n.º 1 da revista A Debulha (foto), de 15 de maio de 1980, do arquivo de Dácio Pereira da Fonseca.

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