JOSÉ AFONSO QUEIROZ − 13.º PRESIDENTE DA RECREATIVA

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José Afonso Queiroz nasceu em Patos sem ainda o “de Minas” em 10 de abril de 1921. Tinha o apelido familiar de “Filhinho”, posto pela mãe dele, talvez pelo fato do pai se chamar Afonso Queiroz. Casou-se em 1943 com Clara Fonseca, filha do Ex-Prefeito Clarimundo José da Fonseca Sobrinho (Prefeito Camundinho). Depois de um ano de casados, foram morar na Fazenda Juá (do pai de José Afonso), ficando por lá até 1964, quando se mudaram para Brasília para que os filhos pudessem fazer o curso superior na UnB, devido ao fato de que em Patos de Minas não existiam faculdades. Na capital do país dedicou-se à Construção Civil, vindo a falecer em 21 de agosto de 1987. Foram sete filhos: Edson, Ieda, Ivan, Edna, Edgar, Ilton e Ione. Hoje, somente o Ilton reside em Patos de Minas.

José Afonso era Técnico Agrícola formado em Viçosa e aplicava seus conhecimentos na Fazenda Juá. Foi proprietário da primeira agência Ford da Cidade, a Cacial. No mesmo local também funcionava um posto de gasolina de sua propriedade. Nesse sentido, José Afonso era ligado ao comércio, como a grande maioria dos diretores e presidentes da Sociedade Recreativa Patense.

Em 1960, José Afonso estava com 39 anos de idade, era um empresário de muito prestígio na Cidade, um homem de bem, de bom coração, conforme se lembra com carinho Dona Clara. Nesta fase é eleito Presidente da Recreativa. É o ano em que Brasília foi inaugurada. Patos de Minas já tinha passado por uma grande transformação por estar na rota para a capital do país. O crescimento e a modernização nos anos anteriores foram significativos para uma cidade do porte de Patos. O ritmo desacelerou assim que a inauguração da capital se deu, mas os ganhos já haviam sido grandes. A sociedade já não era a mesma. Muitas famílias daqui se mudaram para lá, como aconteceu com José Afonso em 1964. A perspectiva do país havia mudado. A Cidade também. A Sociedade Recreativa Patense estava iniciando uma nova fase em sua existência.

Segundo Dona Clara, ele era uma pessoa discreta, manso, muito bom administrador e bonito. Uma pessoa querida pelos amigos e pela família. Ele não tinha inimigos, ela afirma. Mais uma vez, uma figura de destaque da vida de Patos de Minas assume a presidência do clube prosseguindo uma tradição que sedimentou a credibilidade que hoje a Recreativa alcançou.

Os filhos do casal se formaram todos em cursos superiores. Os três mais velhos, Edson, Ivan e Ilton são Engenheiros Civis. Há um graduado em Informática, uma Pedagoga, uma Administradora de Empresas e uma Psicóloga (já falecida). É uma família grande que sempre se reúne por ocasião do aniversário de Dona Clara e no Natal. Reúnem-se em Brasília e praticamente com a presença de todos os descendentes do casal (21 netos e 23 bisnetos).

Na eleição realizada em 22 de novembro de 1959, José Afonso foi eleito com 391 votos (99,7%), dos 392 válidos para aquele escrutínio. Da mesma forma que nas eleições anteriores, houve representantes dos associados não presentes na assembleia. Olympio Borges de Queiroz foi o maior cabo eleitoral, pois detinha a procuração de 216 votos (55%), incluindo o seu próprio. Fábio Helvécio Ferreira Borges detinha a procuração de 60 votos do Júlio Bruno.

A Diretoria eleita para o ano de 1960 foi a seguinte:

Presidente: José Afonso Queiroz; Vice-Presidente: Dácio Pereira da Fonseca; Primeiro Secretário: João Batista Borges de Andrade; Segundo Secretário: José Vilácio da Rocha; Tesoureiro: Cristóvão Caixeta de Melo; Comissão de Contas: João Gonçalves de Carvalho, Sebastião Borges de Amorim e Walter Nascimento; Suplentes: Olinto da Rocha Filgueira; Júlio Bruno e Stoessel Severo da Silva.

* Edição do texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Fonte e foto: Livro “Recreativa: Uma Jovem Acima de 80 Anos” (2028), de Dennis Lima.

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