O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa. Se não me engano era um barbudo que veiculava na TV essa propaganda. Ouvi demais nas TVs daqui. O interessante é que o tempo passou e a tal poupança não continuou numa boa, pois se foi. Assim como, o tempo para mim voa e vou continuando numa boa. Continuando… Se a poupança teve o seu motivo para acabar, eu também tenho um motivo seríssimo me aperreando que tem tudo a ver com a minha existência. Atrás de mim estão apenas seis exemplos. Eu disse apenas seis porque pra todos os lados ao meu redor¹ eles estão ocupando os nossos lugares. Eles quem? Ora, estão evidentes aí, os símbolos-mor do crescimento de uma cidade: edifícios. Não tem jeito, é que nem tiririca no gramado, que quando começa e não se cuida se alastra tomando conta do espaço todo. Assim os edifícios estão tomando conta de todas as casas. Enquanto temos como combater a tiririca, não há nenhum, absolutamente nenhum jeito para acabar com o surgimento de edifícios em nossos lugares. Seremos todas, inevitavelmente, banidas da face da terra chamada Patos de Minas para ceder lugar aos edifícios. Triste sina, que vai me alcançar sei lá quando, mas que vai me alcançar é tão certo quanto dois mais dois igual a quatro. Que seja, fazer o que? O negócio é esperar, esperar e esperar, nada mais, aproveitando para acompanhar na TV essa praga de Covid-19 que não acaba. E quando chegar a minha vez, com Covid ou sem Covid, entrarei para a História de Patos de Minas. E deixarei saudade!

* 1: O imóvel localiza-se na Rua Ana de Oliveira, quase esquina com sua colega Agenor Maciel, no Mercado Municipal.

* Texto e foto (16/01/2022): Eitel Texeira Dannemann.