João Borges de Andrade, carinhosamente chamado de Joãozinho Andrade, nasceu em Patos de Minas no dia 12 de dezembro de 1907, filho de Vicente Pereira de Andrade, natural de Formiga-MG, e Adelaide Borges de Andrade, patense. Casado com Yolanda Borges de Andrade (falecida), o casal teve os seguintes filhos: João Batista Borges de Andrade, comerciante aposentado; Nora Maria Borges de Andrade Couto, do lar; Fernando Borges de Andrade, Advogado aposentado; Iolanda Maria Borges de Andrade, do lar; José Celso Borges de Andrade, Engenheiro-Professor Universitário; Deiró Vicente Borges de Andrade, Economista do BNDES aposentado; Henrique Borges de Andrade, Empresário-Administrador de Empresa; Rafael Borges de Andrade, Empresário-Editor; Miguel Borges de Andrade, falecido; Miguel Ângelo Borges de Andrade, Economista da A.C. Minas aposentado; Gabriel Borges de Andrade, falecido; Matias Borges de Andrade, Engenheiro do DNIT; Nara Maria Borges de Andrade Macedo, Professora-Pedagoga. Descendem ainda do casal 26 netos e 21 bisnetos.
Joãozinho Andrade começou sua vida profissional no comércio em 1920. Em 1933 fundou a primeira loja de departamentos da cidade, a Casa do Joãozinho (em atividade até 1978), escola de muitos empresários que ainda estão presentes no comércio patense. Atuou no varejo e atacado, dinamizando o comércio da região. Montou a loja Nara Louças, na Rua Major Gote, entregue à gerência de seus filhos Henrique e Rafael. Manteve por mais de 20 anos, na Rádio Clube de Patos, animados programas infantis como “Só Para Crianças” e “Calouros em Desfile”. Recebeu homenagem do Município de Patos de Minas na gestão Antônio do Vale, como dos maiores comerciantes da cidade, conferindo-lhe diploma de reconhecimento do Município como propulsor de seu progresso.
Tal era a empatia da população patense com a Casa do Joãozinho, que denominava a Praça Antônio Dias, onde instalada, de Praça do Joãozinho Andrade. A propósito, a Câmara Municipal de Patos de Minas, através da Lei n.º 5152, de 15 de abril de 2002, resolveu denominar, com sanção do Executivo, de “Praça Joãozinho Andrade”, uma praça localizada no Bairro Jardim Peluzzo. Foi, na década de 1960, um dos maiores empreendedores imobiliários do município.
Atuante na vida política e fiel correligionário de seu sogro, antigo chefe-político patense, Deiró Eunápio Borges, fundador do Partido Político Popular de Patos (PPPP), Joãozinho Andrade foi delegado de partido e membro-fundador do MDB, depois PMDB. Em 1936 foi eleito, por voto popular, o 1º Juiz de Paz do Distrito da Cidade, cargo que exerceu dignamente por mais de dez anos.
Foi sócio fundador da Sociedade Recreativa Patense em 1940. Foi dela Presidente por oito vezes e Vice-Presidente duas vezes. Ainda na década de 30 fora presidente, sob a orientação espiritual de Monsenhor Fleury, da União dos Moços Católicos de Patos de Minas. Atuou como confrade, por décadas, na conferência pioneira da Sociedade de São Vicente de Paula (SSVP), sob a presidência de Aurélio Caixeta.
Quando jovem, foi pistonista, por 15 anos, da Banda Musical do Maestro Augusto Borges. Na maturidade, flautista da Igreja de Santo Antônio e da Catedral de Patos, durante 40 anos. Na velhice, fundou com o maestro Zico Campos o conjunto “Brasil Gente Nossa”, presente, sem fins lucrativos, em bailes populares, serestas, festas familiares. Compôs várias valsas, homenageando suas netas. Em consequência, o poder público patense resolveu batizar com seu nome uma das salas do Conservatório Municipal D. Galdina, situado no Parque Mocambo.
Após seu falecimento em 22 de abril de 1998, o jornal O Tablóide, de Fernando Kitzinger Dannemann, em sua edição de 09 de maio de 1958, diz dele: “Foi uma vida cheia de vida” e dizemos nós: “de relevante atuação em diversos campos junto à comunidade patense”.
* Fonte e foto: Fernando Borges de Andrade.