TEXTO: REVISTA A DEBULHA (1981)
Divulguei aqui nesta coluna há algum tempo, um Manifesto¹ das entidades culturais patenses, elaborado logo após a apresentação de um projeto da arquiteta Maria José Silveira Rey Lima, que se destina à área da atual rodoviária, onde seria construído um Centro Cultural ou Casa da Cultura em Patos de Minas.
Naquele Manifesto, solicitava-se ao Prefeito um Projeto de Lei que deveria ser encaminhado à Câmara Municipal, destinando a área para a construção do Centro Cultural. Até hoje nada…
Acontece que a espera está um pouco longa e, não só as entidades culturais, mas um grande número de patenses já está ficando impaciente. Não que queiramos “passar o carro na frente dos bois”, mas sim, porque depois disto não se ouviu mais nada a respeito.
Tá aí, já temos provas mais que suficientes de que nosso povo é dono de um talento cultural incrível, e tivemos uma certeza maior desde a fundação da Feira de Arte e Artesanato, shows promovidos através do Projeto Palco Móvel e mais ainda quando da realização do I Encontrão “Cantar na Praça”. Além do brilho alcançado pelos patenses nas cidades vizinhas – Belo Horizonte e Brasília, além de outras.
Vamos ser realistas: a futura rodoviária (?), está em andamento (?). E o local onde se situa a ATUAL, é bem adequado, mesmo porque a Casa de Cultura precisa ser mais centralizada. O projeto está pronto (faltando apenas algumas adaptações) para ser aprovado. O pessoal está firme de que aqui é necessário urgentemente de um local propícios aos nossos artistas, pelo que nos consta o Sr. Prefeito, Dácio Pereira da Fonseca, é totalmente favorável (um ponto a mais). E Então… ??? Será que a coisa precisa demorar tanto?
É isso aí, precisamos alertar nosso povo, de que não podemos ficar de braços cruzados, simplesmente porque atam nossos pés. A verdade é que está tudo em A-N-D-A-M-E-N-T-O, até quando não sabemos. É preciso de garra, e mais ainda – GENTE QUE QUEIRA LUTAR, POIS O IDEAL É BASTANTE NOBRE.
Uma reunião com o Sr. Prefeito Municipal estava marcada, mas devido suas viagens e suas visitas à zona rural patense, não nos foi possível coletar maiores esclarecimentos de sua parte.
No próximo número, se formos recebidos pelo Executivo Municipal, teremos condições de esclarecer mais a coisa. Vamos aguardar!!!
* Fonte: Texto publicado na coluna “Sem Fronteiras” da edição n.º 29 da revista A Debulha de 31de julho de 1981, do arquivo de Dácio Pereira da Fonseca.
* Foto: Arquivo de Donaldo Amaro Teixeira, publicada em 06/06/2014 com o título “Antiga Rodoviária no Final da Década de 1970”.