PELA GRANDEZA DE PATOS DE MINAS

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TEXTO: JORNAL FOLHA DE PATOS (1945)

No momento em que se instalam Tribunais e Juntas eleitorais, em que se organizam diretorios municipais – quer dizer – em que a politica se restabelece em plenitude no pais, devemos voltar os olhos para o aspecto politico do municipio.

Deus louvado, o nosso ambiente é de quietude e até de cordialidade, merecendo a repulsa de todos, aquele que inopinadamente venha trincar e quebrar a harmonia reinante.

Um dos mais eminentes lideres da oposição em Minas constatou, de visu, a tranquilidade que desfrutamos e, psicologo profundo e espirito de raro atilamento, não se moveu a abrir aqui a propaganda de seu candidato, como que não atraindo para si a responsabilidade de ser o primeiro a dar o grito de separação.

Si os estranhos se sentem desencorajados em nos atormentar com a repartição do pomo da discórdia, não seremos nòs, naturalmente, que arrostemos a pecha de implantadores da desarmonia, de restabelecedores da desafeição partidária que muito prejudicou o progresso de nossa terra.

Mas, se não devemos fazer soar o clarim da luta politica internamente, é-nos licito admitir que uns elementos de valor dirijam o municipio com o afastamento voluntario de outros elementos igualmente valorosos?

A resposta tem que ser negativa. Elementos de expressão não podem permanecer inativos e encostados para que os outros resolvam e lutem.

O surto progressista que atravessamos ultimamente, demonstra com evidência que o nosso futuro promissor reside na ação conjugada de todos, visando o bem geral em detrimento do particular ou pessoal.

A fibra vibràtil do patense que ama e quer extremecidamente a sua terra, está compreendendo isso, e o momento é oportuno para que dirijamos o nosso apêlo a todos, no sentido de uma frente única, com aproveitamento de todos os valores, para a maior grandeza de Patos de Minas.

* Fonte: Texto publicado com o título “Grandeza de Patos de Minas” na edição de 17 de junho de 1945 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Dois primeiros parágrafos do texto original.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

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