TRACAJÁ

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No Brasil, o Tracajá (Podocnemis unifilis) inicialmente habitava a região nordeste, isso há cerca de 120 milhões de anos. Como antepassado, teve uma tartaruga que podia atingir os 10 metros de comprimento. Para passar a barreira do tempo o Tracajá precisou adaptar-se e assim conseguiu chegar aos dias de hoje. Apesar de calcularem que o primeiro exemplar surgiu há cerca de 165 milhões de anos, estima-se que ele pode ser ainda mais antigo, pois existem registros de cágados e tartarugas ao redor do mundo com mais de 200 milhões de anos. Variando entre 30 e 45 centímetros, é considerado um animal de pequeno ou médio porte. Por isso, é comum encontrá-los em espaços pequenos. Atualmente vive em diversas bacias hidrográficas do norte da América do Sul, incluindo o Amazonas e a do Orinoco, na Venezuela. Habita margens de florestas inundadas, rios, lagoas e lagos na Bolívia, Venezuela, Peru, Guianas, Equador, Colômbia e norte do Brasil. É uma espécie de tartaruga amazônica.

Apresentam manchas amarelas por todo corpo quando pequenos, porém, elas somem conforme seu crescimento. Uma vez por ano, a fêmea pode colocar cerca de 20 ovos durante o período de reprodução, que ficam em fase de incubação entre 100 a 200 dias. O número pode mudar de acordo com cada espécime devido às suas particularidades. É muito delicado e pequeno no momento que nasce, com o tempo ele vai ganhando resistência e força. Por isso, o número de mortes é considerável principalmente nas primeiras semanas de vida. O sexo é determinado pela temperatura de incubação dos ovos. No laboratório, machos foram produzidos em temperaturas de 28, 30 e 31ºC, enquanto fêmeas nascem de ovos incubados principalmente em temperaturas acima de 32ºC.

Apesar de viver tanto na água quando na terra, fica mais seguro na água. Isso ocorre porque ele nada muito bem e assim pode escapar com facilidade dos seus predadores. Enquanto isso, na terra, não consegue movimentar-se tão bem, o que acaba prejudicando sua defesa contra outros animais. Não executa grandes tarefas e possui funcionamento simples, mesmo assim, seu modo de vida é interessante. Costuma viver bem com a grande maioria dos outros animais que não sejam predadores maiores, como os felinos. Está sempre perto de lagos ou rios. Devido a sua carapaça resistente e forte, costuma pesar cerca de 8 quilos. O casco é pesado, pois precisa aguentar pressão e impacto. O comprimento varia de 30 a 45 centímetros em condições normais, porém, pode chegar até 60 centímetros.

O animal também serve de alimento para comunidades que vivem ao redor de rios, por isso é muito visado. Isso ocorre com maior frequência no norte do Brasil, local onde a oferta de Tracajás é grande e é um costume comê-lo. Quem deseja ter essa espécie em casa, o local de repouso dele ser quente, porém, deve conter uma fonte de água. Esta ajuda no processo de regulação térmica do animal, permitindo que o organismo permaneça estruturado.

Na natureza, alimenta-se de vegetais aquáticos e caramujos. Em cativeiro, a alimentação diária deve ser 3 a 5 colheres de sopa de mistura de vegetais e alguns tenébrios. Saberá quando tem fome quando começar a andar ao redor do terrario procurando o local onde lhe coloca normalmente a comida. A expectativa de vida é de 90 anos.

* Fontes: mundoecologia.com.br e zoo.df.gov.br.

* Foto: istockphoto.com.

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