Jabuti ou Jaboti (do tupi iawotí) é a designação para duas espécies de répteis providos de carapaça, exclusivamente terrestres, nativos da América do Sul, do gênero Chelonoidis, da ordem dos quelônios, da família dos testudinídeos. As duas espécies distribuídas no Brasil são a Chelonoidis carbonaria (jabuti-piranga, o mais comum), distribuída no Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Esta espécie prefere áreas abertas e bordas de matas, mas pode ser encontrada no interior da Mata Amazônica, Mata Atlântica, na Caatinga e no Cerrado. A Jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata), menos comum, é distribuída em estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste. Prefere florestas tropicais densas, como a Mata Amazônica, porém raramente encontrada em áreas mais abertas. A fêmea dos jabutis é chamada jabota.
São animais que possuem carapaça, que funciona como uma caixa protetora na qual o animal se recolhe quando molestado. Podem chegar aos 70 cm de comprimento. A expectativa de vida é de 80 anos, havendo registros de animais alcançando 100 anos. A carapaça é escura e possui um padrão em polígonos de centro amarelo e com desenhos em relevo. A cabeça e as patas retráteis são de um tom de preto fosco, com manchas vermelhas, ou amarelas, a depender da espécie. Não possuem dentes, no lugar deles há uma placa óssea que funciona como uma lâmina. É comum os machos virarem durante a cópula. Nesse caso, sem ter como se desvirar, o animal pode morrer. Por serem exclusivamente terrestres, e sem capacidade de nadar, a morte por afogamento é muito comum. Possuem o hábito da coprofagia, o que faz deles animais com grande probabilidade de contrair patógenos de outros vertebrados, como os de cães, gatos e até humanos.
Possuem hábitos diurnos e gregários (vivem em bandos) e passam o tempo em busca de alimento, podendo percorrer grandes distâncias. São onívoros, e uma alimentação equilibrada deve ter folhas, legumes, frutas e proteína animal. Em cativeiro podem ter sua dieta complementada por 50% de ração canina de boa qualidade. A ração pode ser umedecida com água para amolecer, o que é importante na alimentação de filhotes. O restante da dieta deve conter frutos variados (uvas, bananas, pera e maçã) e verduras (couve e almeirão). Também pode ser oferecido, ocasionalmente, carne moída crua e ovos cozidos. Por outro lado, nunca oferecer leite ou derivados, que não são digeridos pelo animal. É importante também um suprimento de cálcio, que pode ser fornecido pela farinha de osso.
O jabuti é considerado pela legislação como um animal silvestre, por isso para tê-lo em domicílio, segundo a legislação brasileira, é preciso que seja oriundo de um criadouro e registrado junto ao órgão ambiental. Até 2011 esse registro era realizado pelo IBAMA. Atualmente os órgãos estaduais de Meio Ambiente é que detêm a competência de registro dos criadouros comerciais de fauna silvestre. Apesar da proibição, o jabuti é tradicionalmente criado como animal de companhia em diversas partes do país.
Ele pode ser criado em gramados, jardins, terra e até terraços, mas é importante que o piso não seja muito liso. Improvise uma casinha, que pode ser de cachorro mesmo, para ele se proteger tanto do frio quanto do sol forte, quando o próprio animal achar necessário. Caso haja longos períodos sem sol e clima frio, o dono pode aquecer a casinha com lâmpada para resolver a questão da temperatura corporal, enquanto que o Médico Veterinário irá avaliar a necessidade de complemento de vitamina D. Em dias muito quentes e se ele estiver muito sujo, pode-se colocá-lo em uma bacia com um pouco de água morna, quase fria. Tire o animal da bacia cerca de 15 minutos depois. Para o casco, basta um pano úmido.
* Fontes: Wikipédia e Destakjornal.com.br.
* Foto: Wikipédia.