Se um cão nunca teve medo de barulhos altos antes e o manifesta agora, é porque aprendeu este comportamento. Da mesma forma, pode “desaprendê-lo”.
Fogos de artifício só são queimados em determinados dias do ano, e estouro do escapamento de carros é raro e imprevisível. Tempestade, aspirador de pó, liquidificador, secador, máquina de lavar, campainha, celular, por exemplo, são os acontecimentos barulhentos mais prováveis de ocorrer com frequência que pode assustar um cão. Ele treme, se esconde, não consegue comer ou brincar. São os eventos que o cão pode aceitar sem aflição ou medo, se for retreinado.
Os cães ouvem barulhos a uma distância quase quatro vezes maior do que os humanos, portanto sabem que uma tempestade está se aproximando antes das pessoas. Eles também podem sentir a mudança na ionização do ar e associar isso com seu medo anterior. Apesar de ser difícil para eles, as pessoas não devem responder ao medo do cão sendo protetoras ou tentando distraí-lo dos sons. Essas atitudes bem intencionadas apenas reforçam o medo.
Sempre que possível – e isso em geral significa uma ida a uma loja especialidade em mídias de efeitos especiais ou baixar na internet – as pessoas deveriam tentar imitar o barulho amedrontador, porém num volume de som mais baixo, para não provocar medo. Eles não devem consolar o cão quando ele se apavorar. Porém, dia a dia, à medida que o volume do som aumentar, o cão deve ser recompensado por não demonstrar medo. Leva em geral cerca de três semanas para que o objeto de efeitos especiais possa ser tocado no volume normal sem haver resposta alguma por parte do cão.
Agora, se o cão demonstra sintomas extremos de medo (salivação excessiva, taquicardia, tentativas perigosas de fuga, etc.), o ideal é conversar com o Veterinário, que poderá prescrever um medicamento para diminuir a fobia. Esse medicamento deverá ser utilizado em conjunto com o treino de dessensibilizarão para melhores resultados.
* Fontes: 100 Perguntas que seu Cão Faria ao Veterinário (Se Ele Pudesse Falar…), de Bruce Fogle; Caocidadao.com.br.
* Foto: Hospitalunivet.com.br