EMA

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A Ema (Rhea americana), a maior das aves sul-americanas, também conhecida como guaripe, nhandu ou nandu, é encontrada de norte a sul do Brasil. Ela está também na Argentina, Paraguai e Uruguai. Porém, em terras tupiniquins, há maior concentração nas regiões centrais, mais precisamente nos cerrados e campos. É uma ave corredora, que pode alcançar velocidades de cerca de 60 km/h. Por esse motivo, suas patas – sem penas – são fortes e compridas, e possuem três dedos voltados para a frente. As grandes asas, mesmo que não façam a ema voar, são de grande utilidade para dar equilíbrio ao corpo do animal quando esse gira enquanto corre.

A altura fica entre 1,50 e 1,80 metros, e o peso entre 25 e 35 quilos. Os machos são um pouco mais escuros e maiores que as fêmeas. Cabeça pequena; bico forte e largo na base; pescoço comprido; falta de quilha, uma extensão do esterno, presente nas aves voadoras. A dieta onívora, composta de gramíneas, leguminosas e pequenos animais como cobras, ratos, lagartos, ácaros e insetos, presta um serviço ao homem e à natureza, pois ajudam no controle de populações de espécies que muitas vezes trazem problemas. Reúnem-se em grupos de cerca de 20 e 30 indivíduos, que vão se separando quando começa a época de reprodução. Formam-se, então, grupos menores, alguns feitos por um macho com várias fêmeas e outros por animais mais jovens e machos que não conseguiram fêmeas para acasalar. O macho é o responsável por construir o ninho na terra e chocar − durante cerca de 38 dias − os ovos  (que podem pesar 600 gramas) colocados por entre 2 e 12 fêmeas. Mesmo sendo um animal pacífico, pode se tornar perigoso nessas circunstâncias. O macho também é responsável pela criação dos filhotes.

Além de ser bastante dócil como animal de companhia, embeleza ranchos e chácaras. Pode ser criada com facilidade em fazendas, para obtenção de seus produtos, evitando que seja predada na natureza. Após registro no IBAMA, os indivíduos provenientes de criações têm suas penas utilizadas para fazer espanadores, fantasias para o carnaval, etc. As peles são usadas para couro, a carne e ovos podem ser consumidos pelo homem. Entre as vantagens no manejo estão a rusticidade e a baixa mortalidade, exigindo poucos cuidados nos tratos diários, sem ocupar muito espaço. Em uma área de pastagem para uma vaca, é possível criar uma colônia composta de seis fêmeas e quatro machos. Os pecuaristas têm as emas como aliadas, pois estas comem pequenas serpentes, além de carrapatos e moscas que parasitam o gado.

Hoje é menos abundante devido principalmente à destruição do hábitat natural para agropecuária e ocupação humana. São abatidas devido a caça predatória, por comerem sementes e brotos ou para retirada de suas penas. Além disso, a contaminação por agrotóxicos que, ingeridos, comprometem a saúde do animal e de sua prole. É animal silvestre, portanto sua caça é proibida por lei e fiscalizada pelo IBAMA. No entanto, a criação em cativeiro é permitida e bastante viável, pois sendo uma ave nativa e em seu ambiente natural, dócil, com filhotes resistentes, tamanho que facilita o manejo, e confecção de estruturas como cercas, telas e abrigos, essa criação pode ser encarada como uma forma de pecuária eficiente, ambientalmente correta e sustentável. O manejo de em cativeiro faz sucesso, pois a Ema é boa produtora de carne, ovos e pele de alto valor econômico. O óleo obtido de sua gordura abdominal é muito usado na cosmética e farmacologia. O comércio da carne só é permitido para animais oriundos de criadouros comerciais, registrados junto a este órgão federal, e abatidos em frigoríficos que também sejam legalizados.

Como animal de estimação ou como negócio, a criação de Ema é importante no Brasil, porque em alguns estados a ave está quase extinta. A expectativa de vida é de 15 anos.

* Fontes: Meusanimais.com.br e trijuncao.com.br.

* Foto: Infoescola.com.

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