Nascido em Santa Rita-MG em 2 de abril de 1904, filho de Secundino José da Fonseca e de Balbina de Araújo Marra. Casou-se com Maria José Nogueira no dia 1.º de setembro de 1927. Faleceu em São Paulo no dia 11 de novembro de 1970 aos 66 anos de idade. Sua esposa, nasceu em 2 de março de 1905 em Patos de Minas, filha de Carlos Nogueira e Elisa Borges Nogueira. Ela faleceu em Patos de Minas em 17 de setembro de 2007, com 102 anos.
O Professor Secundino, como era conhecido, foi eleito para a Presidência da Sociedade Recreativa Patense em 22 de novembro de 1960, numa assembleia que contava com 346 votos válidos, sendo que a maioria dos votos foi representação. Deste total, 225 (65%) estavam com José Vilácio da Rocha que votou em nome de 38 pessoas, incluindo a si mesmo. O total de votos recebidos pelo Professor Secundino foi de 342 (98,8%), para a gestão do clube no ano de 1961. A nova diretoria ficou assim composta:
Presidente: José Secundino de Araújo Fonseca; Vice-Presidente: Modesto Marques Ferreira; Primeiro Secretário: Sebastião Borges de Amorim; Segundo Secretário: Urbano Augusto de Queiroz; Tesoureiro: José Pereira Borges; Comissão de Contas: Antônio da Silva Caixeta, Fábio Helvécio Ferreira Borges e Olinto da Rocha Filgueira; Suplentes: Gérson Gualberto de Amorim, Júlio Bruno e Modesto de Melo Ribeiro.
Esta diretoria foi empossada no dia 8 de dezembro de 1960, muito aplaudida e o discurso pelo Professor Secundino foi de certa forma importante pois foi mandado publicar na imprensa local. Neste dia Joãozinho Andrade também levantou a questão do desinteresse crescente para com o clube, antes do início de um animado baile se posse.
Secundino foi um professor otimista, incentivador de seus alunos que brilharam em suas carreiras também pela base que ele conseguia construir na formação das pessoas.
Fumante inveterado, dizia que a coisa mais fácil do mundo era parar de fumar. Ele mesmo já havia parado mais de cem vezes. Dizia: “no primeiro dia depois que parava de fumar, não fazia muita diferença. No segundo dia já ficava nervoso. No terceiro dia perdia o humor e não falava com mais ninguém. No quarto dia brigava com todo mundo, se exaltava, não tolerava pessoa alguma e no quinto dia voltava a fumar”.
Secundino foi uma das mentes mais brilhantes que já passou pela cidade de Patos de Minas e tem o reconhecimento de seus ex-alunos que manifestam até hoje, sua admiração pelo professor. Sua passagem pela Sociedade Recreativa ilustra e enriquece a história do clube, numa sequência de grandes nomes contemporâneos que muito fizeram para a cidade, dos quais, Secundino está entre os melhores.
* Fonte e foto: Livro “Recreativa: Uma Jovem Acima de 80 Anos” (2018), de Dennis Lima.