UEP: CONFUSÃO NAS ELEIÇÕES DE 1982 − 1

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Terminaram as eleições para a Diretoria da União dos Estudantes Patenses, gestão 1982/1984, com o seguinte resultado:

Número de Votantes: 8.629¹
Número de Votos Chapa ALTERNATIVA: 2.755
Número de Votos Chapa UNIDADE: 5.157
Número de Votos nulos + brancos: 357

Terminaram as eleições e começaram as lendas. Conta-se que houve erros assombrosos na contagem dos votos. Conta-se que as chapas não estavam interessadas na realização de um trabalho sério na UEP, mas sim de promoverem partidos políticos. Conta-se que o presidente NELSON MISSIAS DE MORAIS, apoiou abertamente a chapa UNIDADE, coisa que ele não podia (ou podia) ter feito. Contam-se aliás, coisas do “Arco da Véia”, dos livros da “D. Carochinha”.

Até que ponto vai um e vem o outro? Até que ponto a chapa ALTERNATIVA foi prejudicada, e até que ponto o Nelson podia ter ido no caminho por onde foi? Acho que ninguém sabe. Só eles mesmos. Então porque não tentar explicar a coisa toda? É melhor tentar “torcer o pepino desde menino”.

O ANTÔNIO LAÉRCIO ROCHA, Presidente do Conselho Fiscal da UEP, nos deu alguns dados com relação às eleições que simplesmente desmentem o que se conta por aí. Por exemplo:

Consta do regulamento das eleições, que ambas as chapas leram e assinaram, que as chapas poderiam ter um fiscal dentro das salas de apuração, sem no entanto, ser obrigatória a presença deste fiscal para esta apuração.

Realmente houve um incidente durante a apuração, que foi o excesso de 3 (três) votos no Colégio Estadual, e 6 (seis) votos no Colégio Polivalente. No entanto, o Laércio disse, que assim que foi constatada essa irregularidade foi suspensa a apuração, as urnas foram fechadas e conduzidas até o Corpo de Bombeiros, para uma pesquisa com o Exmo. Juiz de Direito com relação até que ponto isto poderia prejudicar a apuração. Os membros da mesa apuradora, foram instruídos que em uma eleição a diferença de até 1% (um por cento) na contagem é considerada mínima, e até 5% (cinco por cento) tolerável. Sendo assim, isto não consistia em problema perante a votação.

Além disto, o Presidente da Mesa era o Prof. Antônio da Silva Andrade (Tonho do Judô) que sinceramente é uma das pessoas sérias e responsáveis que conhecemos.

E fica nisso…

Não houve erro nas apurações, pelo que nós pudemos constatar. E o resto? Ninguém se explica.

Está certo que o Nelsinho, grande amigo aliás, errou. Mas se ele errou muito ou pouco não tem jeito de saber. Esperamos que um dia ele explique tudo direitinho. Como, por que apoiar tão abertamente a UNIDADE, ou qual a sua ligação com ela.

Está certo que a ALTERNATIVA foi atingida diretamente nesta eleição. Mas como? E por quem, e por quê? Até ontem o PAULO…….., ainda não tinha contado tudo direito. O que fazer então?

Está certo que a UNIDADE venceu. Mas e agora quais são os planos? Tem muita gente interessada nisso tudo.

Não dá para entender porque o silêncio. O VANE PIMENTEL, outro amigão, ficou de nos enviar uma carta com sugestões e reclamações acerca de tudo, e até ontem, nada. Ficamos de entrevistar as duas chapas frente a frente em um debate, e até ontem ninguém havia manifestado. Assim, fica aqui EM PÚBLICO a chamada geral dos envolvidos no “escândalo da eleição”. Isto é até irônico…

Estamos esperando!

− Atenção −

Quando o João Vicente e eu, acabávamos de elaborar este artigo, o Nelsinho, Presidente da UEP, esteve aqui na redação e aproximou-se para dar-nos alguns esclarecimentos sobre este assunto. Ao qual publicaremos e analisaremos no próximo número². A história não é tão lenda assim…

* 1: Na verdade, o total de votantes é 8269.

* 2: Leia “UEP: Confusão nas Eleições de 1982 – 2”.

* Fonte: Texto publicado com o título “Eram umas vezes, Eram umas vezes…” na coluna Sem Fronteiras do n.º 51 de 15 de julho de 1982 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Pt.dreamstime.com, meramente ilustrativa.

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