UEP: CONFUSÃO NAS ELEIÇÕES DE 1982 − 2

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No número anterior, fizemos uma chamada geral, em público, nesta coluna, para que os elementos envolvidos no caso “eleição da CEP” viessem esclarecer não só a nós, mas a todos os estudantes patenses a “bagunça” que uns dizem ter acontecido, e que outros alegam sob qualquer hipótese¹.

A cada dia que se passou após as eleições, vários desses elementos me procuraram pedindo que levasse a público através desta revista, (publicação de suas lamentações). Mas como estava totalmente por fora, não quis tomar partido por não saber até onde ia a verdade de cada um. E assim o fiz. Quando tudo parece haver esfriado, o pessoal com a cabeça fresca, pensei então publicar a “historinha da UNIDADE sem ALTERNATIVA”. Até agora não consegui descobrir ainda quem foi o vilão e quem foi o mocinho; evitando assim que eles cometam alguma incoerência. Vamos ver até onde vai esta novela, por enquanto contentem em seguir os capítulos, apesar de agora estarem perdendo um pouco a emoção, mas no fim, estaremos certo, vencerá o mocinho e viverá para sempre…

Aí está na íntegra a DENÚNCIA do amigo Vane Pimentel. Leiam e tirem as suas próprias conclusões. Quanto ao Nelson Missias de Morais, aguardem uma entrevista exclusiva concedida à coluna SEM FRONTEIRAS, botando prá quebrar.

Denúncia

Testemunhei a campanha para eleger a Diretoria da Casa do Estudante Patense, para a gestão 80/82, pois era da “Chapa UEP”.

As duas chapas foram manipuladas por pessoas que não eram estudantes.

Não venho aqui analisar a intenção destas pessoas, mas este ano o fato se repetiu, embora com menos intensidade do que no ano anterior. Assim mais uma vez testemunhei esse fato e pude perceber as intenções dessas pessoas.

Uns participaram por divergências políticas, outros por rivalidades pessoais “esse uso que fizeram das chapas” impediu-as de mostrar seu trabalho, sua potencialidade, e o que é mais sério, transmitiu aos estudantes das chapas essa rivalidade, dividindo-as e queimando seu idealismo.

O estudante precisa reconquistar sua entidade e fazer dela uma representante da sua classe.

Espero que para a próxima gestão, apareçam novas chapas do meio estudantil, originárias das suas próprias necessidades, e que não sejam vítimas destas “divergências políticas e rivalidades pessoais”. Espero também que as chapas tenham essa originalidade que propus, para através de suas campanhas permitirem ao estudante optar pela mais honesta, a mais capaz enfim, pela melhor.

Sobre o artigo editado na Revista “A Debulha” (coluna Sem Fronteiras), citando o meu nome, tenho a esclarecer que não havia mandado essa carta de esclarecimentos e denúncia, imaginando haver outra forma de esclarecer o que se considera escândalo.

Esclarecimentos

A Diretoria da CEP² se declarou oposição à chapa ALTERNATIVA e até hoje não sabemos porque motivo ela assim o fez, digo Diretoria da CEP, porque foi assim que um dos membros desta disse em salas de alguns colégios da cidade, que “a diretoria da CEP estava apoiando a chapa UNIDADE, e no meu modo de entender ela não devia ter feito essa campanha pois segundo um ofício que recebemos a CEP se colocava na posição de mediadora das duas chapas, portanto a chapa ALTERNATIVA não concorreu com a chapa UNIDADE, mas sim com a diretoria da CEP.

Sobre a apuração (eu fui o fiscal da minha chapa) e o que testemunhei foi que entre as 15 urnas, nove foram relacradas pela mesa apuradora por constatar “irregularidades” como: votos em excesso, e votos sem assinaturas dos fiscais de chapa. No dia seguinte quando seriam apuradas estas irregularidades, nossa chapa recusou essa apuração através de um ofício que retirava nosso fiscal da apuração.

Conclusão

O artigo da DEBULHA dá o nome de escândalo, mas o certo é que a campanha, a eleição e apuração foram desviadas da intenção da chapa ALTERNATIVA, que era de fazer uma “ENTIDADE MAIS UNIDA E REPRESENTATIVA”.

Vane Pimentel Matias

Vice-Presidente da Chapa Alternativa

* 1: Leia “UEP: Confusão nas Eleições de 1982 − 1”.

* 2: Leia “Tufão na Casa do Estudante Patense”.

* Fonte: Texto publicado com o título “UEP − Unidade sem Alternativa?” na coluna Sem Fronteiras do n.º 52 de 31 de julho de 1982 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Pt.dreamstime.com, meramente ilustrativa.

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