Ocorria a apuração da eleição de 1982 no Ginásio Poliesportivo do Patos Tênis Clube.
A luta tinha sido ferrenha! O candidato a prefeito que explodia na apuração era Arlindo Porto. Fervia de candidatos à Câmara Municipal.
Quando abriam uma urna, era um deus-nos-acuda. Candidato empurrando candidato, fiscal brigando com fiscal e os mesários apuradores dos votos naquele sufoco todo.
Eis que chega o resultado de uma determinada urna, onde o candidato a vereador José Rodrigues Sobrinho votou.
Acreditem ou não, o candidato não teve nem um voto – nem dele!
Foi aquele alvoroço!
O candidato José Rodrigues Sobrinho, percebendo que existia desonestidade na apuração, chamou logo o Juiz Eleitoral, Dr. João Alfredo Melo, para solucionar a questão.
E o juiz, depois de verificar tudo, nada encontrou de irregular. Mesmo assim continuou a pesquisa de voto por voto. Quando chegou nos votos nulos encontrou um, no qual estava escrito o nome do candidato no verso da cédula: era o voto do dito candidato…
* Publicado em “Patos de Minas – Histórias que até parecem estórias…”, de Donaldo Amaro Teixeira e Manoel Mendes do Nascimento (1993). Ilustração de Ercília Fagundes Moura.
* Foto: Cutbrasilia.org.br.