O patense Irmão Wagner Ribeiro escreveu letra e música de um Hino a Patos de Minas. Apesar de amplamente divulgado, não se oficializou. Todos os patenses, entusiasmados com o desenvolvimento de sua terra e sua projeção, ressentiam da presença deste símbolo. Em 1967 a Prefeitura Municipal, através de edital, lançou concurso para que se apresentasse um hino a Patos de Minas, que pudesse ser oficializado. No entanto, por motivos ignorados, o concurso foi logo cancelado pela própria Municipalidade. Nesse interim, o Prof. Zama Maciel fizera a letra e procurara o Sr. Bispo Diocesano, D. José André Coimbra, grande amante e conhecedor de música, para que a musicasse. Uma vez prontas, letra e música foram levadas à Câmara Municipal, que as aprovou, tendo o Prefeito Ataídes de Deus Vieira sancionado a Lei de oficialização que recebeu o número 966 em 9 de abril de 1968. A sua primeira apresentação oficial se deu durante as solenidades da Festa do Milho daquele ano, no dia 24 de maio.
Terra nutriz, poenta avermelhada
Que se ondula em afagos maternais
Ao gorjear alegre da passarada;
Fecundadora de amplos milharais.
(côro)
Teu céu é azul turquesa
Que beija a terra gentil
Primavera de beleza
Patos meu e do Brasil.
(côro)
Em teus regatos claros, cristalinos
Diamantes raros rolam no cascalho.
Entoam juntos tentadores hinos
Doce canção à glória do trabalho.
(côro)
Formosa gleba das Minas Gerais
A tua gente heróica te bendiz
Ao sorrires no louro dos trigais
Na messe farta que te faz feliz.
(côro)
A flor da Pátria doira o teu brasão
Beijam os filhos teus os pés da Cruz
A liberdade leva o teu pendão
Terra de amor, de fé, terra de luz.
(côro)
* Fonte: Patos de Minas: Capital do Milho, de Oliveira Mello.