O fim da tarde do dia 02 de março de 1998 será lembrado por muito tempo pelos moradores de quase todos os bairros da cidade, pois a chuva que desabou sobre Patos de Minas foi a mais intensa e assustadora tempestade registrada em muitos e muitos anos. Mas ao lado da violência do temporal que inundou ruas, destruiu casas, derrubou árvores e causou um prejuízo incalculável à administração pública e particulares, a constatação de que convivemos com uma calamidade altamente preocupante: a extrema precariedade de nossa rede de esgoto sanitário e a inexistência de um sistema de captação de águas pluviais capaz de impedir que residências sejam invadidas pela enxurrada sem destino. Isso deveria servir como motivo para meditação conscienciosa dos que estão muito mais preocupados em criticar como se isso fosse um dever de ofício, e por isso ficam distantes da verdade que aponta como procedimento correto mostrar o errado, mas também indicar uma solução conveniente e adequada.
* Fonte e foto: Texto publicado na edição n.º 71 de 14 de março de 1998 do jornal o Tablóide, do arquivo de Fernando Kitzinger Dannemann.