RUA CESÁRIO ALVIM EM 1969: ALAGAMENTOS

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Na década de 1950, para minorar o problema de abastecimento de água, foram construídos alguns poços artesianos contíguos à entrada do antigo campo do Mamoré. O local foi inicialmente chamado de Praça dos Poços Artesianos. Depois, com os melhoramentos do campo de futebol (Estádio Waldomiro Pereira), passou a ser a Praça do Mamoré. Em 13 de maio de 1985, a Lei n.º 2.021 a denominou Praça Alexina Cândida Conceição. Voltando à década de 1950, existia a Rua 38, que saia da Praça dos Poços Artesianos, cruzava a Rua Major Gote e terminava na Rua 26, hoje Maestro Randolfo. Em 25 de março de 1957, a Lei n.º 346-A mudou o nome da Rua 38 para Rua Cesário Alvim.

Toda aquela região era um autêntico brejo, que foi aos poucos sendo ocupado sem o planejamento adequado, como é rotina em qualquer cidade do país. Essa infeliz prática está em atividade até os dias de hoje, com o surgimento de inúmeros bairros sem redes pluviais e asfaltamento pífio, apenas para colorir de preto a via. Vai daí que muitos problemas estruturais surgiram, causando aborrecimentos aos moradores. E como naquele ex-brejo foram surgindo ruas sem as devidas redes pluviais, óbvio que no período das chuvas apresentavam-se os trágicos alagamentos. A edição de 16 de março de 1969 do Jornal dos Municípios – recado de José Maria Vaz Borges que residia próximo à hoje Praça Vovó Neném – escancara essa problemática na Rua Cesário Alvim:

Chamada Cesário Alvim… ruasinha calma… central… bonitas residências… visinhos bons e amigos. Pois bem, com todos estes predicados esta ruasinha onde moramos, ainda continua naquela base… quando chove só você vendo… precisa de uma canôa para se entrar em casa… A água da chuva empoça e vira aquele mar que é uma beleza… infelismente é uma mar sáfaro, que não dá peixe de geito nenhum… não é mesmo Zé Lacerda? Nosso bom visinho e alto funcionário da nossa municipalidade. Se ainda existisse pelo menos uns bagrinhos como naqueles velhos tempos do “Brejo”, ainda vá-lá… mas hoje não é mais brejo. É uma via pública onde existem muitas casas; muitos visinhos bons e que estão chateados somente pela falta de atenção do Departamento de Obras da Prefeitura, que não dá um geitinho de esgotar aquela água que fica podre e poderá até trazer danos à saúde pública, principalmente aos meninos que, desavisadamente, brincam naquelas poluídas águas da Rua Cesário Alvim… Êta ruasinha boa para se consertar…

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Desenho de Marcelo Giovanni, de Limoeirodonorte.blogspot.com.br, meramente ilustrativo.

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