Os cães são animais sociáveis e gregários. Gostam muito de atividade, não necessariamente porque queiram participar dela – embora a maioria participe – mas porque só olhar já os estimula mentalmente. A menos que um cão esteja indisposto ou seja de temperamento retraído, quer estar no meio da ação. Quando chegam convidados em casa, o cão quer cumprimentá-los e investigá-los, reunir-se com eles para beber e ajudar no churrasco. Ele não gosta de se sentir excluído.

Ficar sozinho não é natural, é chato. Cães que vivem com humanos logo aprendem que quando estão entediados precisam apenas procurar outro membro da matilha humana para serem tocados, para que falem e brinquem com ele, para receberem comida ou até mesmo broncas – essa também é uma forma de atenção. Atenção é o que os cães mais querem. Quando a matilha humana inteira deixa o cão sozinho, ele fica ansioso, agitado e frustrado. Em sua ansiedade, torna-se destrutivo.

Suas atividades destrutivas não são feitas como desforra por estar isolado. Por exemplo, ele não diz para si mesmo que está indo urinar na cama porque sabe que os humanos acham isso profundamente ofensivo. Ele faz coisas que jamais faria se não estivesse ansioso e frustrado. Para evitar esses problemas, as pessoas deveriam acostumar os cães a ficar sozinhos, enquanto ainda são filhotes bem novos. As pessoas devem sair em silêncio, sem dizer “tchau” e sem nenhum contato físico – os cães são espertos para ouvir ênfases ocultas na voz das pessoas. Dois ou três brinquedos para mastigar devem ser deixados para o cão brincar. Deixar um rádio ou televisão ligados também pode fornecer um barulho de fundo calmante e ajudar a reduzir sua ansiedade natural em um nível aceitável.

* Fonte: 101 Questions Your Dog Would Ask Its Vet – If Your Doh Could Talk, de Bruce Fogle.

* Foto: Bichosaudavel.com.