TITA, WULFRANO E BINGA

Postado por e arquivado em DÉCADA DE 1960, FOTOS.

Palavras de Oswaldo Amorim:

Não há quem não a conheça em Patos de Minas. É preta, gorda e sempre alegre. Fala por paus e por pedras e é fã incondicional do Binga e da UDN. Na época de eleições gostava de fazer versinhos para elogiar o Binga e menosprezar os candidatos do PSD.

Quando Binga tomou posse fez questão de dançar com ele no baile da vitória. Mexer com ela não é bom negócio, porque tem a língua destravada e costuma retrucar com respostas rápidas e inesperadas que têm deixado muita gente boa com a “cara no chão”.

Está sempre presente em todo momento de alegria e de dor de qualquer família. Não perde nenhum casamento, sempre bem arrumada, não dispensando a sua velha bolsa; também não falta em nenhum velório, passando até toda a noite na casa do defunto. A sua figura está presente em todos os atos importantes da terra. Vivia empurrando o seu célebre carrinho de mão, conduzindo lavagem para seus porcos e parando na rua, a todo instante, para conversar com todos que passavam. Tornou-se até alusão de um dito em nosso meio. Quando uma coisa não é verdadeira e a gente duvida, então se fala: “Não, é impressão da Tita!”.

* Fonte: Patos de Minas: Capital do Milho, de Oliveira Mello.

* Foto: Tita, em 1960, ladeada por Wulfrano Patrício à esquerda e Sebastião Alves do Nascimento (Binga) à direita, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

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