Os cães de toca são muito antigos. Plínio, o Velho, na sua História Natural, escreve que os romanos em 55 antes de Cristo, tinham invadido a Bretanha e que, com muita surpresa, tinham lá encontrado pequenos cães que sabiam seguir a presa até dentro da toca. O próprio Marco Pólo conta que, entre os muitos cães de caça do Grande Khan eram bastante apreciados pequenos cães terriers. Mas o primeiro verdadeiro Terrier foi descrito por um professor de Cambridge, o doutor Caius, em 1570. Desde então a história da cinofilia está repleta de Terriers, das suas façanhas, do seu magnífico temperamento, das belíssimas variedades que invadiram o mundo.
Para fixar o Terrier inglês moderno os criadores utilizaram cruzamentos entre o antigo Bassê alemão e o Sabujo inglês, e sucessivamente com o Foxhound e o Beagle. O primeiro verdadeiro padrão do Fox Terrier de Pêlo Liso (Smooth Fox Terrier) remonta a 1876.
É um cão dotado de muitos recursos para atacar: maxilares fortes, dentadura bastante desenvolvida, ímpeto, força física e principalmente coragem. Bem construído, grande substância em pouco espaço, elegante, deve ter uma altura não superior a 40 cm e um peso ao redor dos 8 kg, um pouco menos as fêmeas. Tem o crânio achatado e estreito, com focinho que se afina gradativamente em direção ao nariz negro. Olhos escuros, pequenos, fundos, vivíssimos; pescoço seco e musculoso; a cauda, usualmente amputada a um quarto do seu comprimento total é trazida alta. A pelagem deve ser lisa, de pêlo abundante. A cor de fundo é sempre o branco, com manchas marrons ou negras.
No aspecto apresenta-se vivo, alegre, ativo, simpático. É um pouco briguento com os outros cães, mas demonstra entusiasmo para as brincadeiras, especialmente junto com as crianças. É muito afetuoso com as pessoas da família e não esconde o seu ciúme.
O Fox Terrier nasceu como cão de caça nas tocas, capaz de lutar em igualdade de condições com a raposa. O próprio nome, Fox (raposa) nos relata toda a sua história. Mesmo permanecendo, ainda hoje, muito evidentes seus instintos venatórios, ele é considerado um cão de companhia. Mas, em casa, despreza o macio das almofadas. Inteligente, curioso, lutador, toma parte em todos os acontecimentos da família. Como ladrador é considerado um bom guardião residencial.
* Fonte: Todos os Cães, de Gino Pugnetti.
* Foto: Cachorroideal.com.