O Yorkshire Terrier foi criado no final do século 19 no condado inglês de Yorshire por mineiros que pretendiam um cão adequado à caça dos terríveis ratos que infestavam as galerias. Contribuíram para a sua formação cruzamento entre Skye, Pequeno Terrier Inglês, Dandie Dinmont e Maltês. Bem sucedido como companheiro e caçador, o cão chamou a atenção de criadores que, entusiasmados, iniciaram um novo processo seletivo na busca de um melhoramento do padrão e das características de beleza e habilidade como rateiro. Estes processos iniciais, acredita-se, foram os que geraram o primeiro cão projetado e produzido com sucesso, cujo comportamento deveria ser corajoso, de pequeno tamanho e a aparência bela.
A criação da específica raça é creditada ao cavalheiro inglês Peter Eden, um notável criador da época e respeitado juiz de competições oficiais. De sua posse faziam parte exemplares de pelagem longa e acetinada, azul e fulva, Por volta do ano de 1861, foi pela primeira vez apresentado publicamente na Inglaterra, em Birmingham, quando desfilou como variedade especial de uma outra raça. Alguns anos mais tarde apareceu em sua primeira exposição canina e foi reconhecido como raça pelo American Kennel Club e inserido no Britsh Kennel Club.
É um cão proporcionado, até vigoroso: altura de 25 cm e pesando no máximo 3,5 kg. Tem cabeça pequena e plana; focinho de comprimento médio; nariz preto; dentes regulares; vivos olhos escuros; orelhas pequenas em forma de V, eretas ou semi-eretas; cauda amputada na metade do comprimento e trazida ao nível do dorso; pernas retas com pés redondos e unhas negras. A pelagem é composta por pêlos retos, longos, lustrosos e sedosos; de cor azul claro prateado com marcas vermelhas ou douradas na cabeça, no peito e nas pernas. Na cabeça o pêlo é tão abundante que é quase sempre necessário recolhê-lo com um lacinho para evitar que se suje no momento da refeição e também para permitir melhor visibilidade. Este lacinho colorido sobre a cabeça vem integrar-se na personalidade estética do cão.
Como todos os Terrier é vivo, respeitoso, afetuoso com o dono, desconfiado com estranhos, pouco social com os outros animais. De temperamento excitado e ativo, preferem os latidos como meio principal de comunicação com o ser humano e com outros caninos. Ademais, usam também da linguagem corporal para expressarem medo, ansiedade, interesse, alegria e outras emoções, e para se socializarem, já que são animais gregários.
Pelas suas qualidades estéticas excepcionais e pela simpatia que logo transmite, o Yorshire (como o chamam os ingleses) encontrou uma larguíssima difusão em todo o mundo como cão de companhia.
Ainda que seja fruto de seleções artificiais reconhecidamente recentes, ele faz parte de uma família de predadores, detentores de sentidos apurados, que não se perderam após seletivos cruzamentos. Por isso sempre se lembra de possuir sangue de Terrier, razão porque se lança loucamente diante de um rato; sabe localizar logo também o menor ruído transformando-se em vigia; aprecia imensamente a natureza, mas comporta-se como um verdadeiro cavalheiro num apartamento.
As fêmeas encontram freqüentemente dificuldade no parto, por isso é aconselhável a intervenção do Médico Veterinário. Os filhotes nascem quase pretos; só após 1 ano apresentam a pelagem desejada pelo padrão. No inverno, sofre um pouco com o frio, razão porque se deverá protegê-lo com uma roupinha adequada.
Vive entre 12 e 15 anos. Em idade avançada tende a sofrer com doenças, dores e alterações comportamentais. Por essa razão, é importante dar atenção às mudanças da idade para suprir as novas necessidades. Entre os principais males que podem acometer o Yorkshire idoso estão o nervosismo, a ceratoconjuntivite seca e os problemas ósseos, além de doenças e problemas comuns às demais raças, como o mal de Alzheimer e a depressão, a perda de tonicidade cardíaca e da flexibilidade articular. Fora isso, a visão e a audição prejudicadas, a quietude e o embranquecimento da pelagem são fatores descritos como normais.
* Fontes: Todos os Cães, de Gino Pugnetti; Wikipédia.
* Foto: Caesefilhotes.com.