O Dachshund teria tomado a forma atual “de lingüiça” pela longa insistência da caça nas tocas, ao longo de centenas de gerações. A anomalia do assim chamado “bassetismo¹” teria sido depois aperfeiçoada pelo homem, que imaginava obter assim um cão sempre mais comprido e sempre mais capaz de enfiar-se nas tocas dos animais selvagens. Embora a raça tenha sido fixada no fim do século 19, todavia as primeiras imagens – surgidas no túmulo de um faraó – remontam a 5.000 anos. Aquele antigo ascendente chamava-se Teckel e os alemães, neste caso pouco nacionalistas, preferem dar à sua raça o nome egípcio.
Três são as variedades do Dachshund: de pêlo liso, de pelo duro e de pelo longo; para cada uma destas variedades existem três portes: estândar até 9 kg, miniatura até 4 kg e anão até 3,5 kg.
De pernas curtas, alongado, vigoroso e musculoso, apresenta-se com porte altivo e expressão inteligente. Tem cabeça alongada; crânio ligeiramente convexo; arcadas superciliares salientes; cânula nasal longa; maxilares robustos e lábios não pendentes; mordedura em torquês ou tesoura com os caninos fortíssimos (normalmente tem 42 dentes).
Os olhos dão ovais de expressão enérgica e amigável, de cor vermelho escuro ou castanho negro; as orelhas bem móveis aderem às faces. O corpo deve ser evidenciado por uma grande saliência do esterno (antepeito) e por um ventre moderadamente retraído; a cauda é trazida em linha com o dorso.
A pelagem do Dachshund de pêlo liso deve ser brilhante, lisa, uniforme. As cores mais freqüentes são caramelo e negro, mas existem também variedade mosqueada, rajada e arlequim.
É corajoso, tenaz, alegre, afetuoso, astuto, sincero, sem complexos.
Nascido como cão para caça de toca, em alguns países é ainda criado para os esportes venatórios, como na Grã-Bretanha, na Alemanha, na Suíça. Mas a maioria dos selecionadores visa principalmente a produção de simpáticos, inteligentes, vivos cães de companhia. É um bom ladrador e se revela freqüentemente um útil guardião da casa. Em apartamento tende a engordar, razão por que deve se ter cuidado com a alimentação.
NOTA: Aqui no Brasil o Dachshund é comumente chamado de Bassê ou Bassêt, o que é um equívoco, pois trata-se de uma espécie muito semelhante, mas não a mesma.
* 1 – Bassetismo: Condição genética em que os membros são muito curtos em relação ao tamanho do corpo.
* Fonte: 100 Perguntas Que Seu Cão Faria ao Veterinário (se ele pudesse falar…), de Bruce Fogle.
* Foto: Allsmalldogbreeds.com.