Apesar do que o nome sugere, o Porquinho-da-Índia não é natural da Índia, nem mesmo é um porquinho. Esse roedor, na verdade, é originário de países da América do Sul, como o Brasil, Chile, Colômbia e Equador. O nome “Guinea Pig”, de acordo com historiadores, se deve a uma confusão dos navegadores que atracaram no Brasil, enquanto buscavam chegar até a Índia. O Porquinho-da-Índia Inglês (que, curiosamente, não é da Inglaterra) é uma das raças mais comuns no Brasil e se tornou também muito popular em todo o mundo.
Na natureza, costumam viver em bandos e têm hábitos noturnos, para não se tornarem alvos fáceis para seus predadores. Por isso, mesmo como animais de companhia, eles costumam dormir boa parte do dia, sendo perfeitos para pessoas que precisam passar parte do dia fora de casa, além de serem indicados para crianças maiores.
Pode ser encontrado com pelos curtos ou longos, nas cores branca, preta e caramelo. Medem cerca de 25 cm, quando adultos, e pesam até 1 kg – mais do que isso já é considerado sobrepeso e pode trazer problemas para a saúde do animal. A expectativa de vida é de cerca de seis anos, mas podem viver cerca de oito quando levam uma vida saudável.
Os Porquinhos-da-Índia não precisam de banhos regulares, a menos que haja uma razão específica, como, por exemplo, se eles estiverem muito sujos ou tiverem algum problema de pele que exija tratamento recomendado por um veterinário. Em geral, a higiene deles é mantida por meio da limpeza regular da gaiola e da alimentação adequada.
Para os cuidados com os dentes, que estão em constante crescimento, o dono deve fornecer feno de qualidade, pois mastigação do feno ajuda a evitar o crescimento excessivo dos dentes. Além do feno, é necessário incluir alimentos fibrosos, como vegetais folhosos, que também ajudam a desgastar os dentes. Quando o desgaste dos dentes não é feito naturalmente, o animal precisa passar por um tratamento de correção.
As unhas podem crescer rapidamente e precisam ser cortadas regularmente. O recomendado é examiná-las ao menos uma vez a cada duas semanas, para ver se estão muito compridas. Se começarem a curvar ou parecerem desconfortáveis para o animal, é hora de cortá-las. Se não sentir confiança, é melhor procurar a ajuda de um veterinário.”
A dieta básica deve consistir de feno de boa qualidade, fresco e limpo o tempo todo para ajudar na digestão e no desgaste dos dentes; pellets específicos para a raça; evitar alimentos de coelho ou de outros roedores, pois podem não ser adequados; vegetais como pimentão, couve, alface romana, espinafre, pepino e cenoura, evitando alimentos ricos em oxalatos, como espinafre e acelga; frutas, como maçãs, peras e morangos, podem ser oferecidas ocasionalmente como petiscos, devido ao alto teor de açúcar. Limite o consumo de frutas para evitar problemas de saúde. São proibidos na dieta alimentos processados, doces e alimentos para humanos; ricos em amido, como pão e cereais; batatas cruas, cebolas, alho, chocolate e café.
Proprietários afirmam que o ideal é ter sempre mais de um Porquinho-da-Índia. Ter uma dupla, pelo menos, para que façam companhia um ao outro, pois na natureza estão sempre acompanhados com outros porquinhos. O ambiente precisa estar sempre limpo e ter espaço o suficiente para eles andarem e correrem, como um cercadinho próprio para roedores, que podem ser encontrados em diversos tamanhos e formas. Para forrar o chão, recomenda-se uma lona para não manchar o piso, pois o xixi dos Porquinhos-da-Índia é ácido. Por cima da lona, um tecido chamado soft. É bem macio e serve para absorver o xixi, dependendo de como o porquinho é acostumado a fazer suas necessidades, manter por uns dois ou três dias. Importante manter o cercadinho sempre limpo e higienizado para eles não pegarem fungos, pois são animais sensíveis e podem ocorrer um problema de pele.
Os donos também precisam ficar atentos ao consumo de vitamina C. É muito importante, eles não produzem a vitamina C, então é preciso estar sempre fornecendo, mediante a posologia de uma médico-veterinário.
* Fonte e foto: Texto de Renan Tafarel (14/10/2023) em canaldopet.ig.com.br.
* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.
