PORQUINHO-DA-ÍNDIA HIMALAIO

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A despeito do que seu nome possa indicar, é originário da América do Sul, especificamente da Cordilheira dos Andes. Suspeita-se que surgiu a partir de um porquinho-da-índia silvestre chamado porquinho-da-índia das montanhas (Cavia tschudii), que é considerado seu ancestral por serem estreitamente relacionados. O nome foi adquirido a partir da raça de gatos himalaios, uma vez que ambos apresentam a mudança de cor característica em certas áreas do corpo em função da temperatura, assim como ocorre com os gatos siameses. Trata-se de um dos maiores porquinhos-da-índia que existem, com ombros largos, cabeça grande, corpo longo e grosso e pernas curtas, podendo pesar até 1,6 kg.

Caracteriza-se por ser uma raça albina, que só apresenta pigmento nas patas, nariz e orelhas, devido à ocorrência de uma mutação genética espontânea. Assim, ao nascer, ele é completamente branco, e essas áreas vão ganhando cores com o passar do tempo. A coloração se desenvolve nos primeiros meses de vida, e a intensidade varia de acordo com doenças, temperatura e ambiente. Por exemplo, se ele está em um lugar frio, a cor se intensifica, mas se vive em um lugar quente, a tonalidade fica mais clara. Em geral, possui pelos curtos, lisos e totalmente brancos, exceto nas pernas, nariz e orelhas, que são de cor chocolate ou preta. Os olhos são vermelhos, característica que é dada pelo albinismo, e as almofadas das patas podem ser rosa ou pretas.

É um roedor ideal, uma vez que é muito nobre, calmo, amigável e brincalhão. Ele adora sair de seu cantinho e explorar e brincar com seus donos, incluindo crianças. Podem ser utilizados brinquedos, que conseguem liberar seu instinto brincalhão e garantir a prática de exercício, a melhor prevenção para o excesso de peso. É muito sociável e não hesitará em solicitar a companhia de seus companheiros humanos usando seus guinchos (sons agudos) como um alerta. Esses guinchos também podem ser emitidos ​​durante a brincadeira, mas não devem ser motivo de preocupação, pois são algo natural nesses animais e um sinal de que se sentem bem e felizes brincando com você, ou de que sentem falta da sua proximidade física.

Deve ter uma gaiola protegida em um local tranquilo e que tenha o mínimo de espaço para se mover e ficar confortável. As medidas mínimas devem ter 40 cm de largura x 80 cm de comprimento, não sendo muito altas. É importante que seja lisa e não tenha grades, pois elas podem causar ferimentos no porquinho. Assim como acontece com todos os porquinhos-da-índia, há de se oferecer os melhores cuidados ao himalaio, tendo em mente que ele precisa passar um tempo fora da gaiola e não deve ficar trancado nela por mais de um dia inteiro sem sair, porque isso levará ao desenvolvimento de problemas sérios. Esta raça adora especialmente sair para explorar e brincar, então, este é um cuidado básico. Da mesma forma, é mais do que aconselhável oferecer a ele uma variedade de brinquedos e, claro, dedicar parte do dia para brincar com ele.

O cuidado básico consiste na limpeza e exames periódicos dos dentes e orelhas para a detecção precoce e prevenção de anomalias dentárias, como a má oclusão ou infecções de ouvido. As unhas devem ser cortadas sempre que estiverem longas, o que geralmente ocorre a cada mês ou um mês e meio. A pelagem deve ser escovada de uma a duas vezes por semana, e lavada com um shampoo especial para roedores quando estiver suja. Por ser albino, a pelagem parece suja rapidamente, e pode ser eficaz, principalmente nos meses mais frios do ano, esfregar panos úmidos em vez de dar banho. Contudo, o resultado não será tão bom.

Os problemas digestivos são uma das maiores preocupações desses animais, e a melhor forma de evitá-los é com uma alimentação correta. A alimentação deve ser baseada no seguinte:

– Feno: deve compor 65-70% do total da dieta. É o principal alimento e é indispensável.
– Frutas e hortaliças: 20-25% do total da dieta. Algumas que podem ser oferecidas com segurança são aipo, pimentão, cenoura, repolho, tomate, acelga, cerejas e morangos.
– Ração: 5-10% da dieta total, geralmente suplementada com vitamina C, fundamental para esses roedores, pois não podem sintetizá-la e precisam obtê-la a partir do consumo de frutas, vegetais e ração.

A água deve estar sempre disponível para os porquinhos-da-índia, e é preferível colocá-la no bebedouro específico do que em um recipiente na gaiola, já que lá ela terá maior chance de ficar parada por mais tempo e ele poderá perder o interesse de beber a água envelhecida. A expectativa de vida é de 5 a 7 anos com qualidade de vida adequada e sem doenças. As doenças mais comuns em são: deficiência de vitamina C (escorbuto); parasitas externos (pulgas, piolhos, ácaros, carrapatos); problemas digestivos como a disbiose cecal, que consiste na troca da flora (bactérias comensais) do cólon por outras diferentes ou por microrganismos patogênicos; problemas respiratórios, frequentes em épocas de frio, por friagem após um banho, má localização da gaiola ou quando expostos a correntes de ar; má oclusão dental, quando os dentes não se encaixam bem porque não cresceram de forma correta e perderam o alinhamento.

A grande maioria das doenças dos porquinhos-da-índia pode ser prevenida com um bom manejo, por isso é muito importante, antes de se adotar um animal exótico cujos cuidados não conhecemos realmente, nos informar com profissionais da área para garantir que tenham a qualidade de vida que merecem.

* Fonte: peritoanimal.com.br.

* Foto: commons.wikimedia.org.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

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