Uma raça diferente de porquinhos da Índia, que pode custar até R$ 1 mil, tem ganhado admiradores por todo o Brasil. Em Uberlândia, o casal Cláudia e Eduardo Laynes cria 10 animais conhecidos como porquinhos peruanos. De acordo com os criadores, existe até fila de espera no país por um filhotinho do animal. O valor de cada um varia de R$ 200 a até R$ 1 mil, dependendo das características. “Varia com cada característica. O número de cores, das cores em si, os olhos, as medidas. As características que compõem a raça de um porquinho peruano com qualidade variam, assim como o valor”, informou Eduardo Laynes.
As diferenças para a espécie mais comum, encontrada com facilidade em pet shops, são os pelos longos mais longos. “Quando criança eu sempre tive porquinhos e quando conheci a raça não tinha como não me apaixonar por esse pelo, por esse carinho que eles têm com os donos. Eles são muito carinhosos. São porquinhos que reconhecem os donos e adoram carinho, chegam a dormir no colo da gente”, afirmou a criadora Cláudia Laynes.
Ainda segundo o casal, cada porquinho tem a própria casinha, mas durante um período do dia eles ficam soltos no quintal e convivem bem com outros animais. Essa espécie também ajuda no tratamento de pessoas com necessidades especiais. “Existem alguns estudos, alguns trabalhos, inclusive com Síndrome de Down e outras necessidades especiais, aonde os porquinhos foram inseridos no tratamento e os resultados foram fantásticos. É um dos pontos que os porquinhos são inseridos e se saem muito bem em função de docilidade, em função de personalidade com relação à convivência” completou Eduardo.
Apesar da docilidade, os porquinhos peruanos exigem alguns cuidados, principalmente com relação à alimentação, que varia entre o feno, a ração e até petiscos como a cenoura. “É importante que a gente saiba a necessidade que esses animais têm de ácido ascórbico, que é a vitamina C, e que na hora de adquirir a ração, não se pode adquirir uma ração para todos os roedores, pois dificilmente ela vai suprir as necessidades que esse animal tem. E com o tempo esse animal pode desenvolver uma doença que começa com a falta de apetite e o bichinho pode ter hemorragias e até morrer, simplesmente pela ausência da vitamina”, explicou o médico veterinário Murilo Vieira Silva.
As gaiolas também precisam de atenção dos donos, para que os porquinhos tenham qualidade na manutenção dos comportamentos naturais. Também é preciso cuidado com os banhos. “O bem-estar para ele seria uma gaiola com fundo liso com uma cama que ele possa repousar, com dimensões que ele possa caminhar. Ele tem que ter um lugar para desgastar as unhas, pois elas crescem constantemente. É um animal que na natureza não fica tomando banho, então não temos que dar banho toda semana. É preciso evitar isso, pois o animal pode desenvolver doenças de pele”, completou o veterinário.
* Fonte: G1.globo.com.
* Foto: Peritoanimal.com.br.