É costume, principalmente no Natal, esses caminhões enfeitados e preparados para transporte turístico pela Cidade, geralmente patrocinados pelos órgãos do comércio e com o intuito de agradar a criançada. Sempre foram barulhentos além da conta com suas músicas num volume acima do suportável. Nesse ano, pelamordedeus. Como em Patos de Minas o barulhar já é marca oficial com as motos, carros com som e bicicletas motorizadas, porque aqui é sempre mais barulho, na recente semana da criança teve um que incomodou até surdo, com as músicas no último volume e uma buzina infernal típica de navio. Agora, esse que está rodando atualmente antes do Natal, é o verdadeiro caminhão do belzebu. Com a infernal buzina típica de navio e músicas mais altas que o outro e com duas características tétricas: músicas para quem tem cérebro parco de neurônios e a maioria delas inadequada para crianças pelos chulos apelos sexuais. A coisa é tão absurda, que numa delas o cantor (?!) berra: − Puta que pariu, ela tá por cima… É, é aquilo mesmo que você imaginou! Os passageiros desse caminhão do belzebu têm problemas de audição, só pode, pois se os de fora escutam a zoeira num raio de uns três quarteirões, imagina os lá de dentro! Isso é passeio turístico, divertimento agradável? Eis o caminhão do belzebu, sem nenhuma intimidade com o espírito do Natal, a desfilar pelas ruas de Patos de Minas, pois aqui é sempre mais barulho!

Texto e foto (05/12/2023): Eitel Teixeira Dannemann.