Coité, árvore-de-cuia, cabaceira, cuité, cuiteseira. Ela é a Crescentia Cujete, que dizem ser originária da América Central e se espalhou pelo Brasil afora. Seu nome popular é de origem indígena, que significa vasilha ou panela. Os frutos, após o amadurecimento total, possuem as cascas bem resistentes, que são cerradas ao meio e utilizadas como cuias ou vasilhas para lavagem e armazenamento de alimentos. Tal costume era muito comum nas roças de antigamente, devido à dificuldade de acesso a outros tipos de vasilhas, e também na Cidade, por aqueles que não tinham condições de adquirir louças. Sua madeira, dura e forte, era utilizada na marcenaria e na carpintaria. Também são extraídas substâncias para tingimento e para uso medicinal. As folhas podem ainda ser utilizadas em aplicações purgativas. Era muito comum por aqui, mas, com o progresso, foram desaparecendo. Hoje, praticamente são restritas a variadas criações de artesanato e no instrumento do Berimbau. Fica o registro dessa num quintal de uma residência localizada na esquina da Avenida Paracatu com a sua colega Marechal Deodoro.

* Texto e foto (30/07/2023): Eitel Teixeira Dannemann.