MILHARAL URBANO

Postado por e arquivado em 2016, DÉCADA DE 2010, FOTOS.

Característica dos áureos tempos era o imenso tamanho dos quintais nas residências dos mais abonados, mesmo na parte central da cidade. Dizem até que em meados do século 20, entre a Praça Dom Eduardo e a Rua Tiradentes, ouvia-se por cima do muro de uma residência dos Borges: – Pega, pega, pega! O transeunte que ouvia pensava logo que os proprietários estavam à cata de alguma penosa. Que nada. O quintal era dotado de inúmeros mamoeiros, e o “pega” se tratava de correr atrás dos frutos que rolavam pela declinado terreno. Com o inexorável progresso comandando as ações, o metro quadrado urbano foi se valorizando e, consequentemente, os imensos lotes gradativamente seccionados em dois, três ou mais de acordo com a extensão dos mesmos e a conveniência dos proprietários. Vai daí que hoje geralmente os lotes são pequenos e arquitetonicamente aproveitáveis, sobrando pouco espaço para o verde. O que se vê, de vez em quando em lotes desocupados, é o aproveitamento do espaço com algum tipo de cultura, como neste exemplo de um simpático milharal na esquina da Rua Rio Grande do Norte com sua colega Minas Gerais, no Bairro Cristo Redentor.

* Texto e foto (13/12/2016): Eitel Teixeira Dannemann.

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