O Degus (Octodon degus) é oriundo do Chile. Apesar da aparência lembrar a de um rato, não está relacionado com ele, sendo antes parente próximo de Chinchilas e Porquinhos-da-Índia. É um animal gregário, agrupando-se em média em colónias de dez elementos. Na natureza, a expectativa de vida varia entre 5 a 8 anos, podendo chegar a 10. Quando adulto, pode alcançar, incluindo a cauda, 15 centímetros de comprimento.
Vive em túneis, mas devido à enorme agilidade que possui, aliada a unhas apropriadas, é também exímio trepador. Não só as árvores são trepadas com relativa facilidade, mas também as próprias gaiolas. Além destas capacidades extraordinárias tem uma audição muito perspicaz, capaz de captar todo o ruído à sua volta, e o guincho que emite é imediatamente reconhecido pelos outros Degus (quando um dá um “guincho”, os restantes encolhem as orelhas).
Em cativeiro deve ser mantido aos pares, nunca sozinhos, pois são animais muito sociáveis, tanto com a sua espécie como com o ser humano. É possível manuseá-los e deixá-los andar soltos, embora devam ser sempre vigiados. Devido à apurada curiosidade que possui e o hábito de investigar tudo o que os rodeia, o Degus corre sérios riscos de se meter em apuros. Contudo, é importante habituá-lo a si e dar-lhe alguma liberdade. Além de muito inteligente, é ainda muito leal ao seu dono.
Se os mantiver aos pares, que sejam irmãos ou irmãs (machos com machos ou fêmeas com fêmeas de preferência da mesma ninhada) o que evita ter de habituar os animais a Degus estranhos. Em caso de ter casais e se pretender ser criador, lembre-se que são roedores e, como a maior parte destes, acasalam muito facilmente (cerca de 3 vezes por ano geralmente).
A base de uma boa dieta é a combinação de rações de Chinchila ou Porquinho-da-Índia, feno de grama ou de alfafa e legumes frescos como batata doce (descascada, não cozida), cenoura, folhas verdes, feijão verde e folhas de dente de leão (deve ser livre de pesticidas). Estes devem ser oferecidos em apenas pequenas quantidades ou podem causar diarreia. Vegetais que são membros da família do repolho (brócolis, couve de bruxelas, couve) devem fornecidos apenas em quantidades muito pequenas e alguns especialistas aconselham evitá-los por completo. Se quiser agradá-lo um pouco mais, dê-lhe amendoim de vez em quando ou um pedacinho de maçã. O Degus é propenso a diabetes. Por isso sua dieta deve ser rica em fibras e pobre em carboidratos. Não o deixe ficar obeso e forneça-lhe o mínimo possível de alimentos açucarados, incluindo frutas.
A gaiola deve ter vários níveis para que o animal possa saltar como se andasse no seu habitat e algumas rampas pelas quais possa subir. Para um par um mínimo de 24 x 18 x 24 centímetros. Maior é definitivamente melhor e grandes gaiolas de vários níveis, tais como aquelas feitas para furões ou chinchilas são ideais. Eles adoram casinha de madeira onde geralmente dormem. É importante que tenha na casinha um pedacinho de madeiro para que ele possa roê-lo e não estragar a casinha. Devido ao seu elevado grau de inteligência, aprendem facilmente a abrir as portas da gaiola através da observação dos donos. Portanto, deve-se utilizar um arame ou fio que ele não consiga roer para fechar bem a porta da gaiola. Tal como acontece com outros animais pequenos, ao proporcionar uma camada absorvente de cama no fundo da gaiola, evite aparas de cedro ou pinho. Também deve ser fornecido material de nidificação (tecidos ou toalha de papel, feno, papel picado). Os brinquedos, como rodinhas, são aqueles mesmos usados para Porquinhos-da-Índia. As vasilhas para água e comida devem ser de cerâmica.
O Degus é um animal que necessita de algum espaço para se exercitar. Solte-o num espaço grande onde ele possa correr e saltar livremente, mas que não tenha fios elétricos. Deve ser vigiado enquanto solto não só para evitar acidentes, mas também para deixa-lo mais à vontade com a nossa presença.
Quanto a banhos, nunca molhe-o. Tal como se faz para as Chinchilas, forneça-lhe uma pequena vasilha com areia para que ele possa se “lavar”. Recomendação importantíssima: nunca pegar ou tentar pegá-lo pela cauda, o que pode rompê-la.
* Fontes: Arcadenoe.pet e Exoticpets.about.com.
* Foto: Cobayitaa. Blogspot.com.