ROEDORES COMO ANIMAIS DE COMPANHIA − 4

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Está pensando em ter um animal de companhia diferente, fugindo dos mais comuns, como cães e gatos? Pequenos e fáceis de cuidar, os roedores podem ser uma boa opção, especialmente para famílias com crianças, como por exemplo, hamster, chinchila, porquinho-da-índia, mercol e twister.

“Os donos de roedores precisam ter cuidados com a pelagem e principalmente a higiene, não só do ambiente ou gaiola em que vivem como do animalzinho”, orienta o Médico Veterinário Ivan Fernandes Malateaux, pós-graduado em animais selvagens. Ele indica evitar banhos úmidos e preferir limpá-los a seco ou com pó específico, como no caso das chinchilas. “Pele úmida em roedores pode causar micoses e perda de pelos e alguns sofrem muito de estresse com banhos”, diz o veterinário.

Além disso, algumas pessoas podem ter quadros alérgicos com pelos de chinchilas e coelhos, principalmente nos primeiros cuidados. Mordidas podem causar um quadro de febre, e o contato com as fezes sem as devidas medidas de higiene podem transmitir algumas infecções intestinais. “Porém, respeitando as medidas de higiene, casos como esses são muito raros”, afirma Ivan. O estresse térmico pode levar os roedores à morte em temperaturas acima de 30 ou 35 graus Celsius, segundo Ivan. Então, mantenha seu bichinho o mais fresco possível.

“Os roedores possuem o crescimento contínuo do dente. Por isso, precisam de brinquedos e produtos específicos para desgastá-los”, ensina Mariana Pestelli, gerente técnica de safári e aquarismo da Petz. “Todo animal, quando incomodado pode morder. A dica é sempre manusear o animal com carinho e frequência, assim ele se acostuma com você”, orienta. Os hamsters são muito comuns como animal de companhia por serem pequenos e fáceis de cuidar

“Os roedores precisam viver em um espaço determinado para eles. Se ficarem soltos, vão roer toda a casa. Por isso, é importante ter um cercado ou uma gaiola para limitar o espaço de acesso”, afirma Mariana. Eles não gostam de calor e muitos não querem nem ficar no sol, então deixe a gaiola distante do sol. “Adoram se esconder e brincar e alternam muita atividade física com muito descanso devido a seu metabolismo”, acrescenta Ivan.

São animais de hábitos mais noturnos. “É importante respeitar o seu fotoperíodo – costumam dormir mais de dia e ser mais ativos à noite”, afirma a veterinária da Petz. É importante promover situações de atividade física e interação, como manipulação e carinho. “Com coelhos e porquinhos-da-índia, podemos soltar um pouco pela casa, sempre com acompanhamento. Já para chinchilas e hamsters, acessórios como túneis, casinhas e rodas podem ser úteis”, diz Ivan. Por se reproduzirem com facilidade, é necessário castrá-los ou separar os animais de sexos diferentes.

Seu metabolismo é acelerado, por isso os roedores têm ciclo de vida mais curto, se comparado a cães e outros animais domésticos. Pequenos animais como hamster e gerbil costumam viver de dois a três anos, enquanto porquinhos-da-Índia vivem em torno de seis a oito anos. Já topolinos vivem menos, de um a dois anos, e chinchilas um pouco mais, dez anos em média.

“Os coelhos e lebres não são roedores, e sim lagomorfos”, esclarece Mariana. Os dois tipos possuem muitas semelhanças, mas alguns pontos os diferenciam, como a configuração dos dentes.

É importante adquirir animais de procedência. Apenas desta maneira você terá a certeza que os animais estão livres de doenças e problemas. Ao contrário do que se pensa geralmente, animais que vivem dentro de casa e de boa procedência não transmitem leptospirose. “A chance de um cão ou roedor transmitir leptospirose seria praticamente a mesma”, diz o veterinário.

* Fonte: Texto de Fábio Brito publicado em patrocinados.estadao.com.br (09/03/2016) com o título “Roedores são boas alternativas de pet para crianças”.

* Foto: Peritoanimal.com.br.

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