O Lhasa Apso é uma raça antiga originada nos mosteiros tibetanos a partir do cruzamento entre o Spaniel e o Terrier Tibetano. Enquanto os grandes Mastins Tibetanos guardavam as entradas dos templos, o Lhasa Apso era responsável por alertar ao menor sinal de movimentação externa, auxiliado por sua aguçada audição e latido agudo, servindo aos moradores como um excepcional cão de alarme. Os espécimes de maior qualidade em relação à beleza eram tidos como de extremo valor, considerados tão valiosos como pedras preciosas. Era impossível de se obter um desses exemplares por dinheiro. Excepcionalmente, como especial prova de benevolência, podia ser presenteado. Já os cães dotados das características consideradas mais comuns viviam pelas ruas das aldeias alimentando-se do que as pessoas lhes ofereciam.
Posteriormente o Lhasa Apso foi muito bem aceito na corte imperial chinesa, contribuindo para a formação do Shih Tzu. Quando a raça chegou à Inglaterra era chamado de Lhasa Terrier, embora não tenha nada de terrier. Os primeiros Lhasa Apsos foram vistos no mundo ocidental em 1930, junto com alguns dos primeiros que chegavam como presentes do 13.º Dalai Lama. A raça foi aceita no grupo terrier do AKC em 1935, mas foi depois transferida para o grupo de cães não esportivos em 1959. Após um início lento, logo ultrapassou seus companheiros de raça tibetanos e se tornou um querido cão de companhia e de exposição.
É um cão de pequeno porte, medindo entre 25 e 29 centímetros quando macho, pesando de 6 a 9 quilos. No caso das fêmeas, seu tamanho é ainda mais compacto, e pode chegar a até 27 centímetros com peso de 7 quilos. Com uma pelagem extremamente vasta, são donos de pelos que podem chegar até o chão de tão compridos. Com uma expectativa de vida média de 15 anos, podem chegar a até 20 anos de idade se cuidados de maneira adequada.
Por seu pequeno porte, caráter simpático e também por sua linda e característica pelagem, conquista a simpatia de todos como um excelente cão de companhia. Considerado um bom cachorro de alerta, é conhecido em sua região de origem como cão sentinela de latido de leão (Abso Seng Kye). Apesar da sua aparência de cãozinho de colo, tem um temperamento forte, desconfiado com estranhos. É independente, teimoso e corajoso, louco por brincadeiras e adora cochilar ao lado do dono. Por não estar preparado para viver ao ar livre é um ótimo cachorro de apartamento.
A socialização precoce, os exercícios físicos regulares e a disciplina são de grande importância durante toda a vida de um Lhasa Apso. De acordo com o standard internacional da raça, o Lhasa Apso não deve apresentar nem timidez e nem agressividade excessiva. Qualquer exemplar que apresente esses desvios de comportamento é desqualificado das mostras.
Bastante confundido com os cães da raça Shih Tzu, os Lhasa Apso têm a pelagem branca como a mais comum, sendo que variações de cor também podem ocorrer, misturando a parte alva com tons de dourado, preto, cinza e vermelho. Os olhos são escuros, a cabeça é ligeiramente estreita e o focinho é médio, sendo que, no geral, pode ser considerado um animal de aparência robusta. As orelhas são caídas, o pescoço é forte e as costelas projetadas para trás. A musculatura é desenvolvida, principalmente na área dos quadris e das coxas, e a cauda é franjada e composta por pelos longos.
A pelagem é o aspecto que requer mais atenção e cuidados, pois, por ser muito vasta e longa, pode acabar gerando uma série de problemas de saúde e acidentes para os cães. É recomendado que escovações diárias sejam feitas para impedir o acúmulo de sujeiras e também que banhos sejam dados pelo menos uma vez por semana, retirando os resquícios que podem permanecer mesmo após a escovação. A frequência das tosas higiênicas deve ser relativamente grande, pois, como os pelos são muito longos, podem entrar nos olhos e atrapalhar a visão. Fazer tranças ou prender parte destes pelos é uma salutar opção. As orelhas e os ouvidos também merecem cuidados em função do mesmo motivo, já que a grande quantidade de pelos na área pode facilitar o surgimento de problemas como a otite. Junto com isso, também é preciso atentar-se para o comprimento dos pelos nas patas, já que, se crescerem muito, podem atrapalhar a mobilidade do animal e fazer com que acidentes como quedas ocorram.
* Fontes: Cachorrogato.com.br, Guiaderacas.com.br, Tudosobrecachorros.com.br.
* Foto: Tudosobrecachorros.com.br.
