É sabido por todos que a saúde pública no Brasil é uma vergonha. Desde os primórdios ela não atende aos anseios dos Contribuintes. Por exemplo, em 1979, conseguir atendimento no antigo INPS era um sacrifício¹. De lá para cá, tudo dantes quanto no quartel de Abrantes. Hoje, para se conseguir um hemograma a espera pode chegar a um ano. Atenção, não foi erro de digitação: um ano de espera! Assim, com a saúde pública falida, os hospitais particulares ficam à disposição dos endinheirados e/ou quem tem plano de saúde. A massa, que vá reclamar ao Bispo! A solução foi transformar a saúde numa indústria como outra qualquer. E essa indústria está sendo instalada em antigos lojões da Cidade. Nesses lojões são montadas inúmeras baias onde médicos vão atender seus pacientes e/ou procederem a exames por preços módicos. Essa obra aí da foto na Praça Desembargador Frederico tem todas as características para ser mais uma. Trata-se de um autêntico boom de baias médicas surgindo aos montes que nem formigas no açúcar, com propaganda agressiva em rádios e TVs do tipo “aqui você tem tudo o que precisa para a sua saúde e paga pouco”. Resumo da história: a medicina banalizou-se, transformou-se num negócio como outro qualquer!
* 1: Leia “Ficha no INPS: Uma Questão de Vida ou Morte”.
* Texto e foto (18/11/2020): Eitel Teixeira Dannemann.