CLARIMUNDO JOSÉ DE SANT’ANNA ATÉ 1980

Postado por e arquivado em PESSOAS.

Filho de Vicente José de Sant’Anna e Rufina Garcia de Sant’Anna, nasceu no dia 26 de julho de 1942, ali mesmo, na Rua Teófilo Otoni, na velha casa que existia até há bem pouco tempo, em frente ao “Jóia Hotel”.

Sua infância transcorreu normal e tranquila como a de todo garoto vivo e esperto do interior. Já naquela época, alguns traços marcantes de sua personalidade, se delineavam: a inteligência que aliada a uma memória fiel e a uma tenacidade sem precedentes, faziam dele um menino discreto, porém imbatível em tudo. Seus primeiros estudos foram desenvolvidos no Grupo Escolar “Marcolino de Barros”, iniciando a seguir, o então curso ginasial , na Escola Normal Oficial de Patos de Minas.

Com o passar do tempo, sua cidade se tornava pequena para ele. Queria mais. Precisava de espaço para se projetar. Tinha necessidade de percorrer novos caminhos e apesar do carinho e apego que dedicava aos pais e irmãos, partiu para Belo Horizonte, com apenas treze anos de idade, disposto a trabalhar e a ajudar a família.

No dia em que completou 14 anos, iniciou sua atividade em seu primeiro emprego, conseguido não sem muito esforço: batalhara durante seis meses, por aquela vaga de Contínuo no então Banco Nacional de Minas Gerais S.A. Sua persistência fora notada, no entanto, a legislação era severa quanto à idade mínima, para se começar a trabalhar.

Uma vez admitido no Banco, seus sucessos e conquistas foram se acumulando: com 15 anos foi promovido a Escriturário; aos 17 anos, já era Chefe de Seção. Em julho de 1962, já comissionado como Procurador III, foi transferido para a Administração Geral do Banco, chegando aos 21 anos a Chefe de Serviço, passando a coordenar o Departamento de Economia e Estatística do Banco. Naquela época, um boletim de avaliação funcional, feito pelo seu superior dizia: “Da atual geração, é considerado um elemento de real valor pelo seu espírito de abnegação, luta e disciplina. Tem méritos excepcionais, podendo, sem sobra de dúvida, ser considerado um dos grandes valores de nosso corpo de funcionários. Merece uma promoção, pois, vem conduzindo com muito acerto e dedicação, o setor que lhe está confiado”.

Em janeiro de 1963, foi transferido, juntamente com a Administração Geral, para o Rio de Janeiro, sendo ao final daquele ano, comissionado como Chefe de Divisão, passando a coordenar o Setor de Estudos Econômicos do Departamento de Crédito.

Em julho de 1967, com 25 anos, foi promovido a Secretário Geral do Banco Nacional. Neste cargo, desenvolveu plenamente seu tino e sua capacidade administrativa, acumulando cargos como o de Presidente do Conselho de Administração da Associação Walmap e Diretor Presidente do Centro Eletrônico Walmap S.A.

Há cinco anos é Diretor Executivo do Banco, sendo o responsável pelos diversos departamentos que integram a área de recursos humanos. Além disso, é também Diretor da Sinal S.A. – Sociedade Nacional de Crédito, Financiamento e Investimento.

Com toda sua ascensão e sucesso profissional na empresa, teve tempo para se formar em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e nunca deixou de ser amigo sincero e calmo, discreto e objetivo para seus companheiros de trabalho.

A mesma discrição com que cerca suas atividades profissionais, faz com que seja bastante reservado em relação à sua vida familiar. Filho e irmão dedicado e bondoso, soube transpor para o lar, que constituiu com Maria Amélia Martins Sant’Anna, a mesma dedicação e bondade.

Para o que convivem com ele, sua dedicação aos filhos, Marcelo, Flávia e Ricardo, de 11, 9 e 7 anos respectivamente, é excepcional, ao ponto de arrancar o seguinte comentário: “Em uma época em que os valores de família estão se perdendo, Sant’Anna faz questão de preservá-los, como se fossem uma coisa sagrada. É um pai dedicado, vigilante e participante da vida de seus filhos”.

Ao lado desse homem, está Maria Amélia, a esposa sensível e inteligente. Formada em arquitetura e Psicologia, com cursos de Pós-Graduação em História da Arte, sua vida é dinâmica como a do marido, e igualmente, muito voltada para a família.

Clarimundo Sant’Anna, tem sonho e ambições como toda pessoa normal. Gosta de cinema, de um chopp bem gelado depois da praia, de viajar com a família e de ler. Tem uma grande curiosidade pela vida dos estadistas e homens célebres do mundo.

Chamado a manifestar-se à comunidade de sua terra natal, foi breve e disse: “A nova revista ‘A Debulha’, será, com certeza, arauto em busca de mais progresso, para a população da ‘Capital do Milho’, encetando campanha de desenvolvimento de uma agro-indústria no município, capaz de gerar empregos e bem estar a seus filhos, nativos e adotivos, sem discriminação de qualquer espécie”.

* Fonte e foto: Texto publicado na coluna Conterrâneo Ausente com o título “Dr. Clarimundo José de Santa’Anna – Um Jovem Tenaz” e subtítulo “Diretor Executivo do Banco Nacional S/A – Diretor da SINAL S/A” no número 1 de 15 de maio de 1980 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doado por João Marcos Pacheco.

Compartilhe