CLARIMUNDO JOSÉ DA FONSECA SOBRINHO

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Clarimundo José da Fonseca Sobrinho nasceu no então Distrito da Lagoa Formosa, em 15 de setembro de 1881 e faleceu em Patos de Minas em 29 de fevereiro de 1952. Eram seus pais Cristiano José da Fonseca e Clara Maria da Fonseca.

Pelo lado paterno descende do Capitão Felisberto José, que residia nas imediações dos Patos (Mata dos Fernandes) e foi testemunha da doação do patrimônio a Santo Antônio em 1826, tendo assinado na Escritura de Doação feita pelo casal Antônio da Silva Guerra e Luíza Correia Andrade¹. Portanto, membro de uma das mais tradicionais famílias do Município.

Fez o curso de primeiras letras na terra natal. Mais tarde, tornando-se prático em farmácia, obteve licença do órgão competente para exercer a profissão. Homem de larga visão, herdara de seu pai o amor à política e sempre exerceu funções públicas, seja em Lagoa Formosa, como Juiz de Paz, seja ainda como representante do Distrito na Câmara Municipal. Foi também membro do Conselho Escolar de Patos de Minas, nomeado em 27 de fevereiro de 1925. Na vida política, até a época que precedeu a Ditadura Vargas, era militante do Partido Republicano Mineiro (PRM).

Com a Revolução e implantação do governo provisório, as Câmaras Municipais foram extintas. Os Presidentes das Câmaras que acumulavam a função de Agente Executivo foram substituídos pelo Conselho Consultivo, neste período, presidido pelo Prefeito Municipal. Em Patos sem ainda o “de Minas” o prefeito nomeado pelo interventor do Estado e que exercerá seu mandato de 01 de fevereiro de 1930 a 30 de setembro de 1945 foi Clarimundo José da Fonseca Sobrinho. O Conselho Consultivo patense foi constituído por Amadeu Dias Maciel, José Rangel, Pedro Francisco Guimarães, Huáscar Corrêa da Costa e Augusto Barbosa Porto.

O Prefeito Camundinho, como era popularmente conhecido, foi quem assinou o contrato de construção da Usina de Lajes, com a capacidade de 500 HP; fez construir a Caixa D’água do Cruzeiro e a canalização de água do Córrego Limoeiro para a Cidade. Sentindo a necessidade de Patos de Minas prestar uma perene homenagem à memória de Olegário Maciel, motivou e movimentou todo o Município, através de campanha, para erigir-lhe um monumento em praça pública. Bem aceito o movimento, coube ao artista J. O. Corrêa Lima, professor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, criar e confeccionar o monumento, inaugurado, solenemente, em 30 de julho de 1936. Durante sua gestão foram construídos pelo Governo do Estado os edifícios do Grupo Escolar Marcolino de Barros, da Escola Normal, do Fórum Olímpio Borges e a Praça de Esportes do Patos Tênis Clube.

* Fonte: Patos de Minas Centenária, de Oliveira Mello e Uma História de Exercício da Democracia – 140 Anos do Legislativo Patense, de José Eduardo de Oliveira, Oliveira Mello e Paulo Sérgio Moreira da Silva.

* Foto: Patos de Minas Centenária, de Oliveira Melo.

* 1: Leia o texto “Escritura de Doação Feita por Silva Guerra”.

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