VILA ZÉ ALBINO

Postado por e arquivado em 2017, DÉCADA DE 2010, FOTOS.

Quanto ao contínuo crescimento geográfico da cidade desde os primórdios, as referências apontam para o fato de que, entre as ruas principais, abertas pelo poder público ou mesmo por particulares, restavam terrenos vagos, sem proprietário aparente, os quais iam sendo, paulatinamente, ocupados e apropriados pela população. Parece, pois, que os becos, travessas, ruelas e vilas se originaram de uma ocupação espontânea ou orgânica, iniciativas que são fora da norma ou da regra. Foi assim, com o crescimento gradativo da cidade fora da norma ou da regra, que se formou este núcleo residencial entre a Praça Champagnat e a Rua Dr. José Olímpio Borges, e que através da Lei n.º 1.353 de 14 de abril de 1974 recebeu o nome de Vila Zé Albino, homenagem ao patense José Albino da Silva. O beco em linha reta tem confluência com as Ruas Itaporanga e Augusto da Silva Barão, ambas desembocando na Rua João da Rocha Filgueira. Zé Albino fez carreira como marceneiro e carpinteiro, tendo trabalhado na oficina do mestre João Cyrino Neto. Chegou a participar na construção da Ponte Internacional Uruguaiana-Paso de Los Libres¹. Homem espirituoso – por vontade sua, em seu túmulo está escrito “Eu fui o espectro errante da alegria extinta” – e metido a fazedor de versos, nasceu em 03 de fevereiro de 1901 e faleceu em 17 de novembro de 1954.

* 1: A Ponte Internacional Uruguaiana-Paso de los Libres, denominada oficialmente de Ponte Internacional Getúlio Vargas-Agustín Pedro Justo, é uma ponte rodoviária e ferroviária sobre o Rio Uruguai, que liga o Brasil e a Argentina. No lado brasileiro está Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; no lado argentino está Paso de los Libres, na Província de Corrientes. Na época de sua construção (1942) ostentava o título de maior obra da engenharia da América Latina. Foi inaugurada em 12 de outubro de 1945.

* Texto e foto (09/04/2017): Eitel Teixeira Dannemann.

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