Quanto ao contínuo crescimento geográfico da cidade desde os primórdios, as referências apontam para o fato de que, entre as ruas principais, abertas pelo poder público ou mesmo por particulares, restavam terrenos vagos, sem proprietário aparente, os quais iam sendo, paulatinamente, ocupados e apropriados pela população. Parece, pois, que os becos, travessas ou ruelas se originaram de uma ocupação “espontânea” ou “orgânica”, iniciativas que são fora da norma ou da regra. Foi assim, com o crescimento gradativo da cidade fora da norma ou da regra, que se formou este beco sem saída no Bairro São Francisco, com início na Rua Major Jerônimo em frente à Rua dos Cardosos. Até 27 de março de 1992, o local era denominado Vila A, quando, através da Lei n.º 2.949, o nome foi mudado para Rua José Dias Cardoso. Não se sabe se foram as próprias autoridades ou os moradores que não concordaram com a denominação de Rua, e, apesar da Lei, afixaram a placa: Vila José Dias Cardoso. A propósito, esse patense homenageado (17/01/1904 – 23/12/1980) foi um conhecido pedreiro (participou da construção da arquibancada do Estádio Waldomiro Pereira) e funcionário público nas gestões dos prefeitos Jacques Corrêa da Costa e Genésio Garcia Roza.

* Texto e foto (26/08/2018): Eitel Teixeira Dannemann.