ALDO LINO SILVA

Postado por e arquivado em PESSOAS.

Aldo Lino Silva nasceu na cidade de Carmo do Paranaíba, Minas Gerais, no dia 26 de setembro de 1933. Único filho homem de Oscar Pereira da Silva e Ana Francisca de Jesus, que lhe deram seis irmãs, ele aprendeu desde cedo que o trabalho, ao invés de sacrifício, dignifica e valoriza o ser humano.

Foi assim que ele se transformou inicialmente em candeeiro, uma espécie de guia que caminhava à frente de uma ou mais juntas de bois atrelados a um carretão de madeira (o carro de boi) utilizado para o transporte de cargas e pessoas. No seu caso, eram as pedras tapiocanga (muito usadas naquela época na construção de alicerces, muros e casas), lenha, milho e outras coisas. Mas também vendia, de porta em porta, banana, lingüiça e leite.

Em 1945 sua família mudou-se para Patos de Minas. Seu novo endereço passou a ser, então, a casa construída na Rua Farnese Maciel por seu pai e outros pedreiros, e que até hoje continua de pé. Em 1947, após freqüentar algumas das escolas primárias patenses, foi estudar em Lavras, no Sul de Minas, concluindo nesta cidade, com louvor, o Curso Fundamental. Dando continuidade aos estudos, transferiu-se para Belo Horizonte, capital mineira, onde conseguiu ingressar na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Nela formou-se em Engenharia Civil com especialização em Estruturas metálicas e em concreto.

A atividade profissional de Aldo Lino Silva, segundo suas próprias palavras, pode ser resumida da seguinte forma:

Fundei algumas construtoras, uma delas ainda em atividade. Executei obras por todo o Estado de Minas Gerais, ou seja, em Belo Horizonte, Uberlândia, Uberaba, Montes Claros, Divinópolis, Araxá, Unaí, e outras mais, principalmente em Patos de Minas, destacando-se entre elas as seguintes: Banco do Brasil, Prefeitura Municipal, Edifício Jóbis, Edifício Oscar Pereira, Edifício Ana Francisca, Conjunto Residencial Abner Afonso (414 casas), Colina (200 casas), Parque de Exposições, Caiçaras Country Clube, Associação Atlética Banco do Brasil, pavimentação asfáltica e intertravada (bloquete). Modéstia à parte, chegaram a dizer que sou responsável pela construção de metade de nossa cidade.

Há 48 anos Aldo Lino Silva casou-se com Gelsa Carvalho, de tradicional família patense, nascendo dessa união os filhos Sérgio, César e a filha Cláudia. Sua família cresceu em tamanho com o casamento de dois deles (Sérgio e Cláudia) e o nascimento de dois netos, Gabriel e Rafael, que são hoje a grande alegria do avô. Ao confessar que sua vida em sociedade lhe proporcionou muitas alegrias, ele revela que “freqüentou a Maçonaria por mais de trinta anos, e fez parte do Rotary Clube durante vinte e sete anos. Ainda foi presidente do Patos Social Clube por quatro mandatos e dirigiu a APAE durante três anos.

Paralelamente à vida social e profissional, Aldo Lino Silva desenvolveu durante seis anos uma intensa atividade política. A esse respeito, diz ele diz: “Fui eleito Vice-Prefeito em 1982 (administração Arlindo Porto Neto), para um mandato de seis anos, tendo assumido o governo do município várias vezes, como Prefeito interino. Foi um período de grandes realizações, que até hoje recebe elogios dos que moram em nossa terra. Em reconhecimento a esse trabalho recebi o título de Cidadão Honorário, o que me deu muito orgulho”.

Continuando, Aldo Lino Silva revela que:

Outro aspecto da minha vida que gostaria de registrar tem relação com os esportes, aos quais me dediquei com assiduidade em várias modalidades: futebol, vôlei, basquete e atletismo. Em Lavras pratiquei todos eles, menos o futebol, que sempre foi jogado na URT, onde eu dava minhas ‘botinadas’. Vôlei e basquete joguei em Patos e no Lavras Tênis Clube. No atletismo, disputei várias provas, e conforme comprovam fotos e documentos pertencentes ao arquivo do Instituto Gammon, da cidade sul-mineira, fui considerado, por alguns anos, o melhor atleta da época.

E completa:

Hoje, já aposentado, preencho meu tempo como artista plástico, executando trabalhos em bijuterias, coco maduro e mosaico cerâmico, pelos quais recebo elogios daqueles a quem presenteio com essas minhas ‘obras de arte’. Agradeço ao Grande Arquiteto do Universo pelas oportunidades que me concedeu não só de ser útil aos meus semelhantes, mas, e principalmente, o privilégio de ter uma família que é todo o meu orgulho.

Aldo Lino Silva faleceu em 20 de outubro de 2011.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Arquivo de Aldo Lino Silva.

Compartilhe

You must be logged in to post a comment. Log in