RÁDIO CLUBE TRANSFERE CONCESSÃO A TITO SILVA

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RADIOA Rádio Clube de Patos foi inaugurada em 29 de novembro de 1941, fundada por Bernardino Corrêa Júnior (Nhonhô Corrêa), João Gualberto de Amorim Júnior (Zico Amorim), Modesto de Melo Ribeiro, Olavo Gualberto de Amorim e Ruy Gualberto de Amorim. O simplório estúdio foi montado na Rua Major Gote entre Tenente Bino e General Osório, nos fundos do prédio (ainda de pé) onde funcionava a Pharmacia São José. Alguns anos após se transferiu para outro quarteirão da Major Gote, entre Olegário Maciel e José de Santana. E finalmente, a mudança que prevalece até hoje, na Avenida Getúlio Vargas esquina com Olegário Maciel, efetivada em 1959.

Em 1945, no tempo em que Patos sem o ainda “de Minas” era Guaratinga, Alfredo Mussi era o concessionário da parte comercial e ainda diretor da Rádio. Uma declaração datada de 28 de maio daquele ano oficializa a mudança da concessão, que passa a pertencer a Tito Silva, proprietário da Padaria Santa Terezinha que funcionava na esquina da Rua Dr. Marcolino com Silva Guerra (ainda de pé), e que seria tragicamente assassinado em 18 de janeiro de 1950¹:

Declaro que, tendo o Snr. Alfredo Mussi, concessionario da parte comercial desta Emissora, que vinha dirigindo a mesma, tendo de se retirar desta Cidade e da Radio Clube de Patos S.A., dele recebi toda a Estação Emissora, Radio Clube de Patos, S.A., com todo o seu aparelhamento, accessorios e demais pertences, nas mesmas condições de funcionamento em que me foram entregues, de acordo com as discriminações existentes nos arquivos da Radio Clube de Patos S.A., o que conferi e verifiquei encontrar-se no mesmo estado. Sendo-me transferida, nesta data, a concessão de que ele vinha gozando, passo a responder pelos deveres dela e tendo os mesmos direitos, ficando o passado e o presente e todo o expediente e atividades da Radio Clube de Patos, S.A., sob minha inteira responsabilidade. Para clareza, estando de pleno acordo, passei a presente declaração, que mandei datilografar em duas vias, indo por mim assinadas. Guaratinga, em 28 de maio de 1945. Tito Silva. De acordo Alfredo Mussi, 1.ª Test. Waldir Nascimento; 2.ª Test. Gerson Gualberto de Amorim. No verso: Reconheço verdadeiras as letras e as firmas retro dos senhores Tito Silva, Alfredo Mussi, Valdir Nascimento e Gerson Gualberto de Amorim, por conhecimento. Guaratinga, 28 de maio de 1945. Em tto. (estava o sinal publico) de verdade. Mario Noronha 2.º Tabelião. Selado com dois selos de Cr$ 2,00 cada um, inclusive um de Educação e Saude, devidamente inutilizados com o seguinte carimbo: Cartorio do 2.º Oficio, 28 Mai. 1945. Guaratinga. Minas Gerais. Era o que se continha no dito documento, que me foi apresentado, para ser reproduzido em copia legal e autentica, a qual me reporto, tendo do mesmo bem e fielmente mandado extrair a presente Publica forma, que depois conferi e consertei com o original, com o Tabelião do 1.º Oficio, Altair Fonseca Epifanio; e por acha-la conforme em tudo, a subscrevo e assino em publico e raso, entregando-a ao portador, juntamente com o original; do que dou fé. Eu José Luiz Toscano de Brito, segundo Tabelião, a subscrevo e assino em publico e raso. Em tto. (está o sinal) da verdade. Formiga, 02 de junho de 1945. José Luiz Toscano de Brito. Althair Fonseca Epiphanio, 1.º Tabelião.

* 1: Leia o texto “Assassinato de Tito Silva, O”.

* Fonte: Texto publicado na edição de 10 de junho de 1945 do jornal Folha de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: 1.º Endereço da Rádio Clube de Patos, publicada com cores em 17/07/2014.

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