Na década de 60, o Hélio Amorim era proprietário de um posto de gasolina. E, como sempre foi apaixonado por futebol, fundou um time com o nome do posto – Ipiranga¹.
Todo domingo, partia o Ipiranga para as cidades vizinhas, mostrando a classe de seus veteranos craques².
Em um domingo, foi acertada uma partida na vizinha cidade de Carmo do Paranaíba. A delegação partiu na carroceria da camioneta do Paulo Zanesco. Durante a viagem, o Hélio Amorim foi convencendo o Paulo Zanesco de que sua condição, naquela partida, seria de regra três, ou seja, ficaria na reserva. Zanesco esta irredutível: era titular absoluto, e o veículo que transportava os atletas era seu. A discussão foi ferrenha, mas no final, como sempre, o Hélio foi o vencedor.
Inicia-se, então o jogo, e o Paulo na reserva. Trinta minutos depois, o Zanesco, por curiosidade, contou os jogadores do Ipiranga: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez! Entrou em campo e queria, de toda forma, não defender as cores do Ipiranga, e sim, brigar com Hélio Amorim…
* 1: O posto ainda existe, localizado na esquina da Rua Dr. Marcolino com Rua José de Santana.
* 2: Entre eles, Fernando Kitzinger Dannemann. Fernando conta que o nome completo do time era “Ipiranga de Futebol e Regatas”. O regatas se explica porque depois dos jogos havia farta confraternização e a turma navegava em “certas águas que passarinho não bebe”.
* Fonte: Texto publicado (1996) em Patos de Minas – Histórias que até parecem estórias, de Donaldo Amaro Teixeira.
* Foto: Gartic.com.