A vida no canil é um paraíso para alguns cães e um inferno para outros. Cães que se dão bem com outros cães aproveitam bem a condenação de passar uma semana ou mais em um canil. Gostam de ver, ouvir e sentir o cheiro de outros cães. Ficam mais alertas, especialmente se for permitido a eles fazer exercício com os companheiros, ou mesmo dormir com eles. Cães que se ligam mais a pessoas, por outro lado, podem achar a vida compulsória com outros cães extremamente desagradável. Para eles, a experiência de ficar em canis é um pouco parecida com a de pessoas da cidade, não atléticas, sendo forçadas a frequentar um curso de sobrevivência.
Os bons canis cuidam dos dois tipos de personalidade. As unidades de canil devem ter comodidades internas, assim como pátios ao ar livre. Devem ser projetadas de forma que os cães reclusos possam retirar-se para áreas separadas em que fiquem escondidos, enquanto os cães extrovertidos se movimentam em outras partes do canil, onde podem ver outros extrovertidos e comunicar-se com eles. Isso é fácil de se conseguir tendo uma plataforma em cada canil. Os introvertidos têm suas camas embaixo da plataforma, enquanto os extrovertidos passam a maior parte do tempo na parte superior.
Bons cardápios de canil contêm uma seleção de comidas, inclusive as feitas em casa e jantares empacotados individualmente para os cães realmente exigentes. Talvez o mais importante de tudo seja o pessoal do canil. As pessoas devem ser avaliadas com minúcia. Quanto mais perguntas elas fizerem sobre um cão, mais provável de estarem considerando as necessidades e exigências específicas daquele animal.
* Fonte: Livro “100 perguntas que seu cão faria ao Veterinário (se ele pudesse falar…)”, de Bruce Fogle.
* Foto: montarumnegocio.com.br, meramente ilustrativa.
* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.