PRIMÓRDIOS DO FUTEBOL

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O futebol foi introduzido em Patos sem ainda o “de Minas” por Afonso Borges, que o praticava, obrigatoriamente, no Colégio de Barbacena, em 1907. Nosso primeiro campo de futebol era bem em frente ao antigo cemitério, onde hoje se localiza o antigo Fórum. Em 1937, os jogos ou treinos já eram feitos no campo da Chapada, todo de terra, localizado perto da serraria de Amadeu Dias Maciel. Ali, os patenses puderam ver um dos maiores jogadores que já pisaram em campos da cidade: o Terra (Francisco Terra), funcionário da Moinho Minas Gerais S.A., verdadeiro malabarista do gramado, que deixava estonteados os cobras da época: Limírio, Baleco, Zé Pequeno, Arnaldo Caixeta, Sebastião Vieira e outros.

Outros campos: o do Sobradinho, improvisado nos terrenos da Chácara de dona Aurora Caixeta. O da Lagoa Grande, da Associação Atlética Patense. O da URT, que hoje traz o nome de Zama Maciel. O do Gabriel Pereira, improvisado, existiu na beira da Lagoinha, próximo ao armazém de Antônio Maria; nele eram travadas as brutais disputas entre varjeiros e lagoeiros. E como um dos melhores, o do Mamoré (depois Waldomiro Pereira), nos terrenos drenados do antigo beco novo.

O futebol tem vários nomes que se destacam, entre outros, um Zama Maciel que lançava mão de seu próprio dinheiro ou jogava seu prestígio, conseguindo empregos para os jogadores, a fim de que não bandeassem para os clubes melhor aquinhoados de outros lugares, numa espécie de semiprofissionalismo. Sem exagero, pode-se afirmar que do entusiasmo de Zama Maciel e do trabalho de João da Costa Pereira, o Cavaco Negro, surgiram as bases do futebol patense atual. Outros nomes que não podem ficar esquecidos, não só como dirigentes, mas também como jogadores: Zama e Antônio Tibúrcio, Tito Silva, Victor Barcelos, Aloisio Nogueira Machado, e o torcedor mais “doente” que já rodeou os campos patenses: Ary Lacerda.

Antes da fundação da Liga Patense de Desportos, em 21 de fevereiro de 1956, o futebol patense experimentou raras fases de persistência. Com a LPD, Patos de Minas passou a ter voz ativa nas deliberações da Federação Mineira de Futebol. A falta de arregimentação noutros tempos, quando os patenses já tinham um ótimo futebol, fez com que os jogadores de primeira grandeza não tivessem o necessário apoio.

* Fonte: Domínio de Pecuários e Enxadachins, de Geraldo Fonseca.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: tudodesenhos.com, meramente ilustrativa.

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