SELEÇÃO DE FUTEBOL PATENSE NO CÉU

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Os jogadores de futebol de antigamente que receberam a graça de partirem da Terra para o Céu continuam na maior felicidade praticando o esporte favorito. Tudo como no tempo do amadorismo, como era aqui embaixo, pura diversão. A confraternização entre eles, de inúmeras nacionalidades terrenas, não poderia ser mais saudável. Afinal, estavam no Céu. As peladas acontecem diariamente e todos se entendem, pois lá no Céu todos se comunicam com uma única linguagem divina. Eis que, recentemente, São Pedro sugeriu aos futebolistas promoverem o primeiro campeonato de futebol do Céu. A sugestão foi, sem um único voto contra, aceita como legal demais da conta.

Durante certo tempo, discutiram a ideia de São Pedro. Mas como fazer um campeonato de futebol com tantas nacionalidades? Chegaram então à conclusão que cada nacionalidade formaria um campeonato à parte para decidir qual o melhor time. Esse melhor time de cada nacionalidade, então, participaria de um campeonato com os outros melhores times de cada nacionalidade para disputarem o título de Campeão do Céu.

Nessa, os futebolistas brasileiros resolveram fazer um campeonato de representantes de cada Estado. Depois, os campeões de cada Estado disputariam entre eles qual seria o representante do Brasil para a disputa final entre países. Foi quando os futebolistas patenses começaram a se reunir para formar um time.

Sem exceção, estavam decididamente, positivamente convictos de que seriam campeões de Minas Gerais representando Patos de Minas, depois Campeões do Brasil representando Minas Gerais e, a glória, campeões do Campeonato do Céu representando o Brasil. Em uma das várias reuniões sobre o assunto, todos alegres, comovidos, eis que Francisco Terra, Hélio Amorim, Tonho da Nena e Durango, eufóricos, adentraram ao recinto bradando em uníssimo:

– Sabe quem acabou de chegar?

De todas as vozes ecoou um quem?

Emocionado, Hélio Amorim informou:

– O Fernandão¹. Estávamos vindo para cá quando nos deparamos com ele no maior papo com São Pedro. Depois de nos confraternizarmos, ele disse que daqui a pouco estará aqui.

Foi um verdadeiro estardalhaço de emoção, principalmente de todos aqueles que o conheciam. O que mais se ouvia entre eles era:

– Se já estávamos confiantes em nós, agora com o Fernandão não tem pra ninguém e seremos Campeões do Céu!

E assim passaram à formatação da equipe para iniciarem os treinamentos!

* 1: Leia “Fernando Kitzinger Dannemann”.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Montagem de Eitel Teixeira Dannemann sobre foto publicada em 06/06/2014 com o título “Antiga Rodoviária no Final da Década de 1970 − 1”.

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